Dupla vencedora de etapa do Circuito Amazônia pede apoio e patrocínios

Ouro na segunda etapa do Circuito Amazônia de Vôlei de Praia, em Macapá (AP), a dupla Sheldon Bichara, 27, e Kaio Ladislau, 28, apela por apoio e patrocinadores. Os atletas prosseguiram a rotina de treinamentos nessa quarta-feira (1°) após feito histórico no último final de semana.

Mais experiente da dupla, Sheldon tem no currículo competições nacionais e frisa a importância da iniciativa pública e privada para o vôlei de praia roraimense. Sendo que Roraima tem grandes talentos para revelar.

“Queríamos sobreviver do vôlei. Temos outros trabalhos para poder manter o financeiro. Não é fácil, contornamos compromissos profissionais. Tivemos que bater o pé e dizer que íamos e conquistaríamos a primeira medalha de ouro nacional do vôlei de praia de Roraima. Pensamento foi positivo sempre. Assim buscamos patrocinadores e apoio para as competições. Queremos continuar mostrando a potência do vôlei roraimense”, frisou Sheldon.

O atleta Kaio Ladislau também trabalha como analista de automação em Manaus, e concilia a profissão com treinos, viagens e participações em competições fora de Roraima. Ele acredita em possíveis feitos até maiores em caso de apoio ao vôlei local.

“Empresários, federações, Poder Público e até mesmo a comunidade podem olhar com mais carinho para o vôlei. O esporte precisa de apoio e patrocínios. Jovens como eu e Sheldon, entre outros, não alavancaram no esporte antes por conta disso. Jogamos voleibol há anos e só agora, com quase 30 anos, tivemos algum resultado a nível brasileiro. Jovens como eu e que não têm oportunidades quando novos deixam de compor a elite dos esportes do país. Não por falta de talento e potencial, por causa de carência de incentivo e investimentos”, disse Ladislau.

Treinador da dupla, Nedson Brito, 45, atual tricampeão máster em Roraima, o comandante afirma que o Estado está deixando de ter representantes em competições de alto nível. Motivo? O de sempre: falta de apoio financeiro.

“Competições importantes de nível nacional como UP e Challenger não têm representantes do Estado de Roraima. Os custos com passagens e hotelaria são muito altos. Por ser disputas que ocorrem no litoral do Nordeste. Nossos jogadores estão capacitados para buscar medalhas lá e estampar marcas de possíveis patrocinadores. Nosso vôlei é de qualidade”, disse Nedson.