Como ganhar na Bolsa de Valores com a flexibilização de armas

Sempre foi uma promessa do presidente Jair Bolsonaro o fácil acesso a armas de fogo para os cidadãos de bem. E desde a sua eleição, a especulação em cima de uma ação específica do setor na Bolsa de Valores brasileira tem sido intensa.

Relembrando as colunas anteriores, onde enfatizo que oferta e demanda pura é que produzem as movimentações de preço nas ações, a forte procura por ações do setor de armas cresceu consideravelmente com a expectativa de um aumento nas vendas após a facilitação do porte.

O case de sucesso no Brasil aconteceu com as ações da Taurus (TASA4). Empresa de bens industriais, equipamentos e armas que, antes mesmo do resultado das eleições, subiu mais de 450% somente pelas propostas do então candidato a eleição Jair Bolsonaro. O boom levou as ações da empresa de R$2,00 para até R$12,00.

Mas a euforia não parou por aí, as ações da empresa explodiram ainda mais com os discursos sobre afrouxamento na legislação do porte de armas. Nos últimos dois meses de 2020, a ação que já custava aproximadamente R$7,60 saltou 157%, atingindo o preço de R$19,43.

A movimentação mais recente foi nesta semana, quando a secretária-geral da presidência anunciou reformas na legislação com o intuito de esclarecer algumas normas e desburocratizar esse processo. Uma dessas alterações tange a permissão para que, pessoas autorizadas por lei, possam comprar até seis armas, e policiais e forças armadas poderão adquirir até duas armas a mais.

Essa liberação, que permite aumentar a quantidade de armas de posse, animou muito os mercados do setor nesta semana, levando as ações da Taurus (TASA4) para uma alta de 23% em dois dias.

Mas e o que mais alegrou um grupo fechado de investidores, foi a recomendação de compra que foi passada para os assinantes da Top Gain a R$16,50 que já acumulam um lucro de mais de 33%.

Algumas pessoas evitam esse tipo de investimento, de empresas que criam e vendem produtos que tiram vidas, ou que poluem, alegando ir contra ética, princípios e valores humanos. E você, abriria mão de investir em uma empresa que já cresceu mais de 900% nos últimos anos defendendo essas razões?]