Esporte

River voltará ao Estadual após resolver dívida de R$ 12 mil com a CBF

Segundo a presidente do clube, Adelaide Marcolino Peixoto de Oliveira, a inadimplência começou após ela e o marido adoecerem, situação que afastou o casal da gestão da equipe

O River confirmou que vai voltar ao Campeonato Roraimense após 15 anos depois de resolver uma dívida de R$ 12 mil em anuidades obrigatórias não pagas à CBF entre 2018 e 2022 e contar com um patrocinador forte o suficiente para bancá-lo. A equipe vai estrear no dia 11 de março, no estádio Canarinho, em Boa Vista, diante do atual heptacampeão São Raimundo.

Segundo a presidente do clube, Adelaide Marcolino Peixoto de Oliveira, a inadimplência começou após ela e o marido adoecerem, situação que afastou o casal da gestão da equipe e desorganizou os pagamentos em dia. “Doente não dá pra gente trabalhar, porque íamos pra São Paulo, ficamos mais de dois meses lá, íamos pra Brasília, não deu pra gente olhar”, disse ela, que viraria viúva depois.

A única dirigente do futebol roraimense disse que pagava as taxas em dia até ser erroneamente informada de que não precisava pagá-las por não estar participando da competição profissional. “Quando fui olhar, a dívida estava em R$ 12 mil”, informou.

Ela disse ter abatido R$ 6 mil da dívida após arrecadar o dinheiro em uma vaquinha feita por torcedores do clube. O restante deve ser perdoado pela CBF, em comum acordo com o Verdão do Aparecida, que também alegou à entidade não ter participado das competições profissionais em cinco anos.

A regra é que clubes inadimplentes há sete anos praticamente deixem de existir perante a entidade. O River chegou perto disso acontecer, mas contou com o apoio da Federação Roraimense de Futebol (FRF), que pediu à CBF a extinção da dívida, considerando a realidade de dificuldades do futebol local.

A anuidade de 2023 já foi paga pelo clube para que pudesse participar do Campeonato Roraimense, o que não acontece desde 2008. Adelaide disse que o retorno ao Estadual também atende à cobrança de torcedores. “Sempre aparece algum torcedor que ajuda a gente de verdade”, finalizou.

*Por Lucas Luckezie