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Após investimentos e crise na Espanha, Arábia Saudita quer sediar Copa de 2030

A taça da Copa do Mundo (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
A taça da Copa do Mundo (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A definição de quem vai sediar a Copa do Mundo de 2030 está agitando o mundo do futebol. Enquanto a edição de 2026 já está definida, tendo como favoritos as seleções da Argentina e França nos sites de apostas que oferecem codigo promocional pixbet, o Mundial de 2034 segue indefinido. Um dos principais candidatos é a Arábia Saudita, que está investindo milhões no esporte e na contratação de atletas de renome.

A força da Arábia Saudita na disputa para sediar a Copa de 2030 vem de vários lados. O país, que já havia cogitado uma candidatura, havia deixado a possibilidade para trás a fim de focar no Mundial de 2034. Mas acontecimentos recentes mudaram a posturas dos dirigentes sauditas. Isso porquê, a candidatura de Espanha, Portugal e Marrocos, considerada principal favorita para 2030, já não está tão firme.

O principal motivo foi a polêmica entorno de Luis Rubiales, presidente d Federação Espanhola de Futebol que beijou uma atleta da seleção nacional na premiação da Copa do Mundo Feminina de Futebol, encerrada em meados de agosto. A Espanha foi a campeão, mas o título ficou em segundo plano após o dirigente dar um beijo forçado na atleta Jenni Hermoso.

O episódio desencadeou uma crise sem precedentes no futebol espanhol. Rubiales está sendo forçado a renunciar ao seu cargo, mas o dirigente já avisou que não pretende deixar o posto. Enquanto isso, a pressão sobre ele e sua atuação na federação só aumentam. O momento conturbado pode impactar a candidatura da Espanha para a Copa de 2030.

De acordo com o jornal espanhol Marca, um dos mais tradicionais no país, os sauditas estão a repensar a ideia de concorrer para 2030 por considerarem que Espanha perderá muito apoio internacional devido ao ‘caso Luis Rubiales’ e todo o impacto negativo que este terá na federação espanhola.

Haverá novidades em breve, embora todos na Arábia Saudita sejam muito cuidadosos na divulgação de informações por se tratar de um assunto “muito delicado”.

De acordo com comunicado da FIFA divulgado em meados de junho, o processo de candidatura para a Copa do Mundo de 2030 começa no terceiro trimestre deste ano. As novidades, portanto, devem acontecer até o fim deste mês de setembro.

Além disso, os regulamentos para a seleção dos anfitriões serão apresentados para aprovação entre setembro e outubro, numa reunião do Conselho da FIFA. A eleição do país escolhido para sediar a competição foi adiada para o terceiro ou quarto trimestre de 2024.

Assim, a Arábia deve brigar pela Copa de 2030. Caso não consiga, as forças seguirão para o Mundial de 2034.

Além da situação periclitante da candidatura espanhola, há também o fato de que a Arábia Saudita, com seus bilhões de dólares advindos da exploração de petróleo, conseguiu a atenção mundial com a contratação de jogadores renomados internacionalmente.

Tudo começou na temporada passada, quando Cristiano Ronaldo aceitou uma proposta do Al Nassr. Naquele momento, todos acreditavam que o português seria uma estrela solitária atuando em solo saudita. Mas o tempo mostrou justamente o contrário, e, hoje, uma constelação de craques mudou-se para atuar na liga do país.

Na atual janela de transferências, os clubes do país gastaram 957 milhões de dólares. Os investimentos foram superados apenas pelas equipes da Premier Legue, na Inglaterra, o principal campeonato nacional do mundo.

A maior transferência dessa janela veio do clube mais bem-sucedido da Arábia Saudita, o Al-Hilal, que gastou 90 milhões de euros para trazer o astro brasileiro Neymar do Paris St Germain. Outros atletas renomados, como Karin Benzema, N’Golo Kanté e Fabinho também desembarcaram no país nas últimas semanas.