Eleições 2022

MP prepara ofensiva contra derramamento de santinhos nos locais de votação

O objetivo é coibir o “voo da madrugada”, como é conhecido o derramamento de santinhos e orientar com diretrizes para atuação de promotores eleitorais no pleito de 2022. 

MP prepara ofensiva contra derramamento de santinhos nos locais de votação MP prepara ofensiva contra derramamento de santinhos nos locais de votação MP prepara ofensiva contra derramamento de santinhos nos locais de votação MP prepara ofensiva contra derramamento de santinhos nos locais de votação

Com a finalidade de fiscalizar e coibir a prática de derramamento de santinhos conhecida como “voo da madrugada”, o Ministério Público Eleitoral de Roraima (MP Eleitoral) emitiu orientação com diretrizes para atuação de promotores eleitorais no pleito de 2022. 

A intenção é coordenar e dar celeridade ao encaminhamento das provas obtidas pelos membros do MP Eleitoral em primeiro grau e possibilitar que eventuais ações de propaganda irregular sejam ajuizadas no prazo correto – até 48 horas após o 1º ou 2º turno. 

O documento foi assinado pelo procurador regional Alisson Fabiano Estrela Bonfim e publicado no diário do dia 19 de setembro.

Na orientação, Bonfim pede que promotores promovam diligências para verificar e coibir a ocorrência da prática denominada “voo da madrugada”, ou seja, o derrame ou a anuência com o derrame de material de propaganda, tais como panfletos, santinhos e adesivos, no local de votação ou nas vias próximas.

O derramamento de santinhos na véspera ou no dia das eleições configura propaganda irregular e pode gerar multa, cujo valor varia de R$2 mil a R$8 mil. A prática também pode ser considerada crime eleitoral, com pena de pena de detenção, de seis meses a um ano, além de pagamento de multa.

Para o procurador, o “voo da madrugada” gera impactos sociais e políticos, uma vez que pode influenciar os eleitores no dia do pleito de forma ampla e geral, contribuindo para que criem ou modifiquem seu convencimento para votar no “número” que tem à vista.

“O derramamento de santinhos também possui impactos econômicos expressivos, tendo em vista o dispêndio de valores, muitas vezes do fundo partidário, para a impressão de material publicitário que é derramado nas ruas, de modo que aqueles que possuem maior capacidade econômica poderiam imprimir maior quantidade de “santinhos”, cooptando uma maior quantidade de eleitores, haja vista que seus nomes e números alcançariam maior visibilidade”, apontou Bonfim.

Ao final, pediu que os promotores promovam diligências certeiras para verificar e coibir a ocorrência da prática ilegal.

“É preciso evitar formulários/relatórios de fiscalização genéricos ou incompletos, como também que englobem candidatos que não correspondam ao material fotográfico correlato;as fotografias (elemento de prova de maior importância) a serem colhidas dos “santinhos”, espalhados em ruas e calçadas, devem ter uma visualização nítida dos candidatos(as) beneficiados(as) com o ilícito” concluiu determinando que se encaminhem, com a maior brevidade possível, para o protocolo eletrônico do Ministério Público Federal, os documentos, procedimentos extrajudiciais e elementos de prova angariados.

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