ELEIÇÕES 2022

Governador é absolvido da acusação de desviar R$ 22,6 mi à campanha da reeleição

Decisão também beneficia vice-governador, senador e os suplentes, além de um secretário estadual e proprietários de imóvel

O senador Hiran Gonçalves com o governador Antonio Denarium e o vice Edilson Damião na campanha de 2022 (Foto: Divulgação)
O senador Hiran Gonçalves com o governador Antonio Denarium e o vice Edilson Damião na campanha de 2022 (Foto: Divulgação)

O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) decidiu nesta terça-feira (12), por unanimidade, absolver o governador Antonio Denarium (Progressistas) da acusação de desviar R$ 22,6 milhões para a campanha da reeleição em 2022. O recurso seria usado para indenizar os proprietários do terreno onde fica a Praça Interativa José Renato Hadad, ao lado do Ginásio Totozão, em polêmico acordo feito às vésperas do pleito. O caso também é apurado na justiça estadual.

RELEMBRE

A decisão dos sete magistrados eleitorais também beneficia outros quatro candidatos do ano passado, como o vice-governador Edilson Damião (Republicanos), o senador Hiran Gonçalves (Progressistas) e os suplentes José Raimundo Rodrigues (Republicanos) e Aline Rezende (PRTB), além do secretário estadual de Gestão Estratégica e Administração, Anselmo Menezes, o empresário e ex-suplente de senador Sander Salomão e a médica Nympha Salomão (proprietários do imóvel).

Para a desembargadora-relatora do processo, Tânia Vasconcelos, a Coligação Roraima Muito Melhor, da então candidata ao Governo, Teresa Surita, não comprovou as acusações. “Não há elementos concretos, embora possível de se imaginar e capazes de comprovar os ilícitos alegados, mormente quando o autor expõe que o possível abuso de poder e suposta compra de votos levado a efeito pelos investigados baseia-se em infundadas suspeitas”, concluiu a magistrada.

A coligação havia alegado que a proximidade de Antonio Denarium com Sander Salomão, o curto intervalo entre o pagamento e a data do primeiro turno da eleição e as supostas irregularidades no acordo seriam circunstâncias aptas a revelar possível abuso do poder econômico, pois os recursos teriam sido usados para a captação ilícita de recursos e votos em favor das candidaturas dos investigados.