Economia

Agronegócio em Roraima lidera na alta do PIB em 2021

A previsão é que Roraima esteja entre os estados com maior aumento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano

O setor da agricultura e do agronegócio devem influenciar no crescimento dos estados em 2021, considerando que desde 2010, os estados que mais cresceram economicamente no país estão atrelados às commodities agrícolas: Roraima, Mato Grosso, Piauí, Tocantins e Mato Grosso do Sul.

A previsão é que Roraima esteja entre os estados com maior aumento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano.

Para o economista Fábio Martinez, embora a projeção para o estado já seja favorável, a possibilidade é que o percentual seja ainda maior neste ano. “As projeções são próprias da consultoria, mas não me espanta os dados. De fato estamos vendo uma expansão no agronegócio, à olhos vistos. Estamos tendo crescimento especificamente em Roraima”, disse.

Martinez afirma que, considerando os dados dos últimos anos, o crescimento de Roraima pode ser maior do que o apresentado. A média apresentada é de 3,17% do Brasil e de Roraima seria no mesmo patamar. 

“Acredito que a gente consiga se destacar um pouco mais, acima da média brasileira, como vem se comportando o PIB de Roraima desde 2012. Enquanto Roraima cresceu 4,8%, a média brasileira é de 1,8%. Acredito que a gente permaneça algo próximo disso, já que historicamente temos essa mudança no percentual”.

Segundo o economista Sergio Vale, no relatório da MB Associados, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 3,17% neste ano — ante os 2,6% projetados anteriormente. Esse percentual deve ser superado pelo PIB do Mato Grosso (4,97%), do Amazonas (4,78%), do Rio Grande do Norte (4,37%), do Piauí (3,99%) e de Goiás (3,80%).  Logo abaixo aparece Roraima com 3,17%. 

Para Sérgio, é natural que haja um avanço maior entre os países mais pobres, logo após a crise de 2020. “Mas certamente o fato de as commodities terem tido expansão importante nesse período de crises sucessivas no país foi importante para manter a média elevada de crescimento nessas regiões”, diz.

“A narrativa mais recente é de que o poder público está mais ausente de políticas públicas e de estímulo de renda, o que faz do Nordeste uma região que tem crescido recentemente abaixo da média. O Sudeste, menos o Rio de Janeiro, tende a recuperar o que se perdeu com a crise pela força de sua base de serviços (São Paulo) e commodities (Minas e Espírito Santo). O Rio, em que pese a forte cadeia de óleo e gás, tem sofrido com as inúmeras turbulências políticas que acabam sendo um elemento negativo para o investimento”, afirma.

Gráfico com estimativa de crescimento do PIB estadual entre 2010 e 2022


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