Saúde e Bem-estar

Pai diz que filho espera há quase 60 dias por liberação de TFD

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde disse que está ciente e acompanhando o caso do paciente

Luan Arahel da Silva Teixeira, de 12 anos, é autista, e há pelo menos 60 dias tem enfrentado problemas de saúde. O menino precisa passar por uma cirurgia ortopédica, e a família diz que encontra dificuldades para obter o Tratamento Fora de Domicílio (TFD).

De acordo com o pai, Altorbeli Da Silva Ferreira, no dia 23 de setembro, Luan deu entrada no Hospital da Criança Santo Antônio, e após ser feito um exame de raio-x do quadril foi diagnosticada uma lesão chamada Epfisiolis na perna esquerda (fratura na cabeça do fêmur) e foi encaminhado para o centro cirúrgico para a colocação de uma tração.

Ainda de acordo com Ferreira, foi indicado um tratamento por 30 dias e que após isso, ele teria que passar por outra cirurgia, só que dessa vez, fora do estado.

No entanto, segundo o pai, os dias se passaram e nenhuma resposta sobre o TFD foi dada. O menino chegou a contrair covid-19 durante a internação.

Ele conta ainda, que após suas buscas por respostas na direção, os profissionais resolveram dar alta para a criança no dia 17 de novembro.

“Agora estamos sem respostas e com meu filho em casa sem receber os atendimentos dos médicos”, acrescentou.

OUTRO LADO

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Boa Vista que se manifestou por meio da seguinte nota:

A Secretaria Municipal de Saúde informa que está ciente e acompanhando o caso do paciente Luan Arahel da Silva Teixeira. Os pais têm recebido todo o suporte médico e não há nos registros clínicos  nenhuma decisão feita de forma negligente e sem conhecimento ou solicitação dos pais. Uma cópia do prontuário da criança foi entregue ao pai. 

Quanto ao TFD, desde o dia 18 de outubro, data em que o médico deu o laudo de TFD, e após o pai dar entrada na documentação, o setor responsável está tomando as providências quanto a liberação para o paciente, que depende de um hospital cadastrado e com disponibilidade para fazer esse tipo de cirurgia. 

No dia 31 de outubro, o município conseguiu cadastrar o paciente no HOSPITAL SARAH BRASÍLIA. O hospital, no entanto, entrou em contato diretamente com os responsáveis e explicou que não recebe paciente em condições agudas. 

A secretaria segue na busca por vaga em diversas outras unidades e via outros convênios e centros, mas sem resposta positiva até o momento. Esclarece ainda, que está em contato diário com os pais para quando tiver uma solução serem informados.