Uma embarcação que levava famílias venezuelanas até Trinidad e Tobago foi alvo de disparos pela Guarda Costeira da ilha, no início do mês. O bebê de um ano que estava no colo da mãe morreu após ser atingido por um dos tiros, enquanto a mesma também foi ferida. A irmã da criança que os acompanhava, no momento está desaparecida.
Roraima – De acordo com estimativas da ONU, em Boa Vista, capital de Roraima, vivem em média 32 mil venezuelanos. atualmente. Os imigrantes buscam melhores condições de vida e trabalho em Roraima, devido à crise política econômica e social em seu país de origem.
Vários naufrágios e deportações tem acontecido ante o olhar indiferente das autoridades da própria Venezuela e de Trinidad e Tobago, governo que ainda mantém relações com Nicolás Maduro. Enquanto os dois governos estão alinhados, centenas de venezuelanos fogem desesperadamente para ver o seu pedido de auxilio ignorado.
Juan Guaidó, presidente interino da Venezuela, manifestou sua indignação por meio do Twitter. “Os disparos realizados pela Guarda Costeira não têm explicação, a criança foi assassinada. O governo de Trinidad e Tobago deve ter responsabilidade e fazer justiça!”, declarou.
Guaidó também mencionou o recente histórico de seu povo sendo hostilizados na ilha. “Venezuelanos tem sido vítimas de disparos, deportações e naufrágios. Chega de maus tratos com nossos migrantes e refugiados!”, exclamou o líder opositor de Maduro também pela rede social.
Só esse ano, três crianças já faleceram na tentativa de achar uma vida melhor fora da Venezuela. Além do bebê, uma menina de 7 anos morreu afogada quando atravessava a fronteira do México com os Estados Unidos e um menino, de apenas 2 anos, faleceu na fronteira da Bolívia com o Chile.
Com informações da embaixada venezuelana