Política

Base governista se desentende e nome para Ipem não é votado

Líder governista afirma que estão sendo feitos entendimentos para votar, na semana que vem, todas as indicações pendentes

Um desentendimento entre os deputados da base governista adiou a votação da indicação de Elias Augusto de Lima e Silva para o cargo de presidente do Instituto de Pesos e Medidas de Roraima (Ipem), que entrou na ordem do dia de ontem, 25, em sessão plenária da Assembleia Legislativa.

Após a leitura do projeto, o presidente da Casa, deputado Jalser Renier (PSDC), colocou a indicação em votação. A deputada Aurelina Medeiros (PSDB), da base do governo, pediu adiamento de votação. Porém, o líder da bancada, deputado Brito Bezerra (PP), pediu que a votação fosse mantida.

Chico Guerra (PROS), ex-presidente da ALE, afirmou que o adiamento é um direito constitucional e regimental do parlamentar. Jalser acatou o pedido de adiamento, marcando a votação para a próxima sessão plenária na terça-feira que vem, dia 30.

Tanto Aurelina como Mecias de Jesus (PRB), líder do G6, afirmaram que só tiveram conhecimento de que a indicação de Elias Silva estava na ordem do dia no momento da leitura do projeto. “Na ordem do dia que eu recebi, na quarta-feira, à noite, não constava esse projeto. Como foi colocado na hora, achei que o regimento não estava sendo cumprido”, disse. “Eu vi essa questão pelo prisma regimental. Quando o deputado Brito pediu que a matéria fosse votada, eu já tinha pedido o adiamento e meu direito foi respeitado”.

A parlamentar afirmou que não sabia que o líder do governo tinha conhecimento de que a indicação estava em pauta. “Eu me antecipei. Talvez por falta de entendimento com ele. A votação pode até ter sido acordada entre ele e a Mesa Diretora, mas eu não tinha tomado conhecimento até aquele momento”, comentou. “Na hora, preocupou-me o fato de que alguns nomes indicados pelo governo estão sendo rejeitados na Casa, por isso pedi mais tempo para conversar”. Mecias, que também não sabia da votação, chamou o episódio de “desentendimento na base do governo”.

Brito negou o desentendimento e afirmou que foi ele quem pediu que o nome de Elias Silva e de gestores de outras pastas da administração indireta fossem colocados em votação. “Nossa intenção era votar, mas a deputada Aurelina entendeu que gostaria de analisar melhor o nome do presidente. É um direito dela, previsto no regimento interno, o qual nós entendemos perfeitamente”, disse.

Segundo o deputado, é uma prerrogativa do líder de bloco pedir que seja incluída ou retirada uma matéria da ordem do dia. “Inclui a votação no projeto da manhã de quinta. Na hora, pega de surpresa, a Aurelina pediu o adiamento”, assegurou. “Isso não significa que houve divergência alguma. O que pode ter acontecido foi que eu queria votar e eles achavam que precisava analisar a matéria melhor. Mas não vejo isso como desentendimento, pois continuamos afinados”.

Para ele, caso a votação se concretizasse ontem, Elias Silva poderia ser aprovado para continuar no cargo de presidente do Ipem.

Quanto aos outros gestores da administração indireta que ainda não foram apreciados em plenário, como os presidentes do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Jucelino Pereira; do Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação (Iacti), Marcelo Nunes; e o reitor pro tempore da Universidade Estadual de Roraima (Uerr), Regys Odlare, Brito Bezerra acredita que as votações ocorram na próxima semana. “Estamos trabalhando para votar, na semana que vem, todas as indicações pendentes”, afirmou. (V.V)

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