Economia

Pequenos negócios impulsionam criação de lojas virtuais no Brasil

Ao todo, esses negócios correspondem a 48,06% do total de lojas online no país

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Em agosto, o número de lojas online chegou a mais de 1,3 milhão. O valor registrado representa um crescimento de 40,7% no acumulado dos últimos 12 meses em relação ao mesmo período de 2019, puxado principalmente pelos micro e pequenos negócios. Esse é o maior índice já apresentado desde 2015, de acordo com dados da 6ª edição do levantamento “Perfil do E-Commerce Brasileiro”, feito pela PayPal em parceria com a BigData Corp.

Um dos fatores que mais influenciaram a alta foi a pandemia de Covid-19, doença causada pelo coronavírus, que afetou os comportamentos dos consumidores e, consequentemente, dos empresários depois das restrições impostas para tentar conter o avanço do vírus. O reflexo disso foi sentido com a queda de faturamento no comércio, e a saída, então, foi apostar no online.

A migração do físico para o online foi preferida, especificamente, pelos donos de micro e pequenos negócios. A pesquisa apontou que 88,7% dos sites encontrados são de lojas virtuais que possuem até 10 mil visitas por mês, enquanto 76,5% oferecem até dez produtos no site e 52,6% não possuem empregados. Ao todo, eles correspondem a uma fatia de 48,06% das lojas online no país. Em 2019, o índice estava em 26,93%.

“Quando o e-commerce cresce dessa forma, temos certeza de que fatores externos impulsionaram a aceleração. Nesse caso, podemos destacar a pandemia e como ela muda o comportamento do consumidor e a própria situação econômica do país, que leva as pessoas a buscar iniciativas para empreender, e o e-commerce se mostra como uma dessas alternativas”, diz Thoran Rodrigues, CEO da BigData Corp.

Um dos maiores desafios estruturais dos sites no momento é em questão de acessibilidade. O estudo apontou que apenas 0,06% dos e-commerces analisados possuem ferramentas que os tornam totalmente acessíveis. “Esse fator pode ser sentido em uma imagem que não está descrita ou um problema de navegação. Não significa que o site não é utilizável, mas que a experiência que uma pessoa com deficiência tem ao acessar esse conteúdo não é a mesma que uma outra pessoa teria”, afirma Rodrigues.

Presença digital

Entre os sites observados, 68,63% deles usam as redes sociais para divulgar seus produtos. O YouTube é a plataforma com o maior crescimento, saindo de 32,2% em 2019 para 39,8%. Apesar disso, o Facebook ainda é o canal mais utilizado, com 54,18%. Em seguida, aparecem Twitter (30,45%), Instagram (21,16%) e Pinterest (4,81%).

Estar presente em mais de uma plataforma para conseguir promover campanhas especiais, divulgar produtos e realizar as etapas de atendimento pode ser uma estratégia a mais para conseguir reter, chamar a atenção e fidelizar clientes. Assim, empresários com todos os níveis de estudo – desde o ensino médio e tecnólogos aos profissionais formados na faculdade de Administração – conseguem colocar em prática com mais facilidade as teorias traçadas no plano de negócios.

“A gente sabe que o home office vai estar muito mais presente no cotidiano do consumidor brasileiro e digital. Estando mais presente em casa, o usuário tende a consumir mais pelos meios digitais. Além disso, neste momento de estresse da pandemia é que o usuário está mais sensível. Se um bom serviço é prestado, elogios são feitos”, afirma Thiago Chueiri, diretor de Desenvolvimento de Negócios do PayPal Brasil.

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