A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Roraima (Ficco-RR) cumpre nesta quinta-feira (2) a Operação Sucursal, contra o setor de tráfico varejista do Primeiro Comando da Capital (PCC). A Justiça autorizou 17 mandados de prisão e sete de busca e apreensão. Até a última atualização da reportagem, 13 pessoas foram presas.
Segundo as investigações, os suspeitos atuavam como “gerentes” de pontos de venda de drogas — conhecidos como “lojinhas” — espalhados pelo Estado. Eles eram responsáveis por distribuir crack, drogas sintéticas e até a K9, também chamada de “droga zumbi”, diretamente aos usuários.
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A operação é um desdobramento da Franchising, realizada em novembro de 2024, que revelou o modelo de “franquias” adotado pelo PCC em Roraima. Mesmo após prisões anteriores, a facção substituía rapidamente os operadores para manter a rede ativa.
Os 17 alvos da ação têm histórico de crimes graves, incluindo homicídios, estupros coletivos, roubos e corrupção de menores. No total, os investigados respondem por 101 delitos.
Eles serão indiciados por tráfico de drogas, associação para o tráfico e participação em organização criminosa, crimes que somados podem ultrapassar 30 anos de prisão.
A análise de celulares apreendidos mostrou contabilidade detalhada e registros de prestação de contas, confirmando a ligação direta do grupo com o PCC de São Paulo, que fornecia os entorpecentes em regime de consignação.
A Ficco é formada pelas polícias Federal (PF), Civil (PCRR) e Militar (PMRR), e pelas secretarias estaduais de Justiça e Cidadania (Sejuc) e de Segurança Pública (Sesp).