Militantes de esquerda convocaram para o próximo domingo (21), às 18h, na Praça das Águas, no Centro de Boa Vista, ato contra o Projeto de Lei (PL) da Anistia e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem.
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A anistia visa perdoar os réus por suposta tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023 – incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses de prisão.
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Por sua vez, a PEC da Blindagem visa permitir que um parlamentar federal seja processado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) mediante autorização da Câmara ou do Senado.
A convocação ocorre na mesma semana em que a Câmara dos Deputados aprovou a urgência ao PL e o texto final da PEC. Organizam o ato as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, que reúnem siglas como PT, Psol e movimentos como MST e MTST.
O protesto, que também será realizado em outras cidades brasileiras como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, pedirá justiça e soberania, e promete concentrar críticas aos congressistas, a quem classificam como “inimigos do povo”.
“Os deputados federais esqueceram quem os colocou lá, e estão atuando para agirem sem medo algum no desvio de dinheiro, compra de votos e roubo das emendas. Estão consolidando uma casta intocável de legitimação do crime na política, nós não podemos aceitar isso”, disse o presidente estadual do Psol, Well Leal.
Para o presidente estadual do PT, Benedito Albuquerque, a anistia não irá pacificar o Brasil e a blindagem aos parlamentares federais representa um “grave retrocesso”.
“Discutir anistia para quem atentou contra a democracia, antes mesmo do trânsito em julgado das decisões do STF, não serve ao país nem ao povo brasileiro. Longe de trazer pacificação, essa pauta representa uma afronta ao Judiciário e à consciência democrática nacional”, disse. “Converter privilégios em impunidade é inadmissível: quem cria as leis em nome do povo deve ser o primeiro a cumpri-las, e não o beneficiário de exceções que corroem a confiança nas instituições e no sistema político”, completou ao tratar da PEC.