DESENVOLVIMENTO AGROPECUÁRIO

Embrapa Roraima completa 44 anos impulsionando produção agrícola com pesquisas e tecnologias adaptadas

Veja os principais impactos que a Embrapa teve em Roraima

Sede da Embrapa Roraima. (Foto: ASCOM/Embrapa)
Sede da Embrapa Roraima. (Foto: ASCOM/Embrapa)

A Embrapa Roraima completou 44 anos de atuação nesta semana, marcando quatro décadas de pesquisas voltadas ao desenvolvimento agropecuário do estado. Desde sua criação, em 1981, como Unidade de Execução de Pesquisa de Âmbito Territorial de Boa Vista (UEPAT), passando pelo período como Centro de Pesquisa Agroflorestal de Roraima (CPAF-Roraima) até se tornar a atual unidade da Embrapa, a instituição tem se dedicado a produzir conhecimento, tecnologias e soluções para a agricultura regional.

Veja os principais impactos que a Embrapa teve em Roraima:

1. Introdução e expansão da soja

A Embrapa foi pioneira na introdução da soja em Roraima, estudando a viabilidade do cultivo e desenvolvendo cultivares adaptadas às condições locais. Graças a essas pesquisas, a soja hoje ocupa mais de 50% da área cultivada em seis municípios, com mais de 122 mil hectares.

“Os primeiros ensaios começaram em 1981, quando ainda estudávamos a viabilidade do cultivo nesse solo. A partir de 1988, com recomendações técnicas precisas, a produção se tornou rentável, chegando a cultivares como a BRS Tracajá e a BRS 8381, que revolucionaram a soja no estado”, explicou Hyanameyka Evangelista de Lima, chefe-geral da unidade.

2. Diversificação de culturas e fortalecimento da agricultura familiar

Além da soja, a Embrapa investiu em pesquisas de culturas como mandioca, batata-doce, mandioquinha-salsa, cenoura, café adaptado ao clima local e tambaqui, promovendo alternativas produtivas para pequenos e médios produtores. Essa diversificação contribuiu para ampliar a renda e fortalecer a agricultura familiar, que representa quase 78% dos estabelecimentos rurais de Roraima.

“Nosso foco foi desenvolver soluções tecnológicas adaptadas às condições locais, sempre considerando as limitações e necessidades de cada produtor, seja ele grande, médio ou pequeno. Trabalhamos com comunidades indígenas e mulheres rurais, oferecendo treinamento e tecnologia de baixo custo”, afirmou Hyanameyka.

3. Desenvolvimento de sistemas integrados e sustentáveis

A unidade incentivou a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), que permite maior produtividade e sustentabilidade ambiental. Além disso, a Embrapa avançou em tecnologias de baixo carbono e na agricultura digital, com ferramentas como o Laboratório de Agricultura Digital da Amazônia (LADA), que apoia produtores na tomada de decisão por meio de inteligência artificial e análise de dados.

“A pesquisa tem sido fundamental para criar sistemas produtivos mais resilientes e ambientalmente responsáveis, garantindo que a agricultura contribua para o desenvolvimento econômico sem degradar nossos recursos naturais”, destacou Hyanameyka.

4. Inclusão socioprodutiva e capacitação

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Projetos voltados para a propagação de mandioca de qualidade genética e a implementação de unidades demonstrativas em comunidades indígenas e rurais ampliaram o acesso à tecnologia e ao conhecimento. A atuação com cooperativas e assistência técnica reforçou a capacitação da agricultura familiar e a inclusão produtiva.

“Estamos sempre atentos para oferecer soluções que incluam os pequenos produtores e promovam a valorização de suas práticas, garantindo que todos tenham acesso à inovação tecnológica e ao desenvolvimento sustentável”, comentou Hyanameyka.

5. Planejamento para o futuro e inovação

A Embrapa Roraima está revisando sua agenda estratégica para priorizar projetos com resultados concretos, ampliar cultivares adaptadas, fomentar a bioeconomia e fortalecer a inclusão produtiva. O objetivo é manter a unidade como referência em conhecimento, tecnologia e sustentabilidade.

“A meta foi gerar mais conhecimento, aumentar a competitividade e promover sustentabilidade em todas as frentes. Queremos que a Embrapa Roraima continue sendo um pilar para o desenvolvimento do estado, contribuindo para segurança alimentar e para a economia local e nacional”, concluiu Hyanameyka.

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