LUTAS CLANDESTINAS

Comissão da Assembleia vai apurar denúncias sobre 'rinhas' de adolescentes

A medida foi determinada pelo presidente da Casa, deputado Soldado Sampaio (Republicanos)

Adolescentes durante as lutas clandestinas (Foto: Divulgação)
Adolescentes durante as lutas clandestinas (Foto: Divulgação)

Após a deflagração da operação Final Fight, que levou à prisão de acusados de organizar lutas clandestinas com adolescentes em praças de Boa Vista, a Comissão de Defesa dos Direitos da Família, da Mulher, da Criança, do Adolescente e de Ação Social da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) foi designada para adotar providências sobre o caso. A medida foi determinada pelo presidente da Casa, deputado Soldado Sampaio (Republicanos), diante da gravidade das denúncias que ganharam repercussão local e nacional.

Em ofício encaminhado à presidente da Comissão, deputada Joilma Teodora (Podemos), o parlamentar destacou que a prática coloca em risco não apenas a integridade física, mas também a saúde emocional de crianças e adolescentes, ferindo direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

“É inaceitável o que estão fazendo com nossas crianças e adolescentes. Exploração não se tolera, se combate! A comissão vai acompanhar esse caso de perto. Nossos jovens merecem respeito, esporte, cultura, lazer e oportunidades de verdade”, declarou Sampaio.

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A Comissão da Assembleia deverá elaborar relatórios, propor um plano de ação para o enfrentamento à exploração de crianças e adolescentes em Roraima e atuar na prevenção de novas violações. O objetivo é garantir que os menores não continuem expostos a esse tipo de violência sistemática em espaços públicos.

Detalhes da Operação Final Fight

Meninos durante as lutas clandestinas em uma praça de Boa Vista (Foto: Divulgação)

A operação foi realizada no dia 24 de junho pela Delegacia de Defesa da Infância e da Juventude (DDIJ), com o cumprimento de dois mandados de prisão preventiva e dois de busca e apreensão. Durante a ação, foram recolhidos celulares e dispositivos de armazenamento que serão periciados. A expectativa é que o material revele provas de novos crimes e envolva outros suspeitos.

De acordo com a Polícia Civil, as investigações apontam que as chamadas “resenhas” eram utilizadas como fachada para festas com consumo de álcool, drogas e exploração sexual de menores. Durante os eventos, adolescentes eram levados a se enfrentar em lutas apelidadas de “combates” e “UFC de Rua”, em que o público realizava apostas em dinheiro. As cenas eram gravadas e postadas nas redes sociais, com exposição dos rostos e nomes dos participantes.

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