Cotidiano

Comerciantes reclamam de fechamento de fábrica em Caracaraí

Presidente da Codesaima afirma que pretende conseguir recursos para que local volte a funcionar

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A fábrica de gelos de Caracaraí está fechada desde 28 de janeiro. O município tem o maior movimento fluvial do Estado e, consequentemente, uma grande concentração de pescadores, cerca de 1.500, de acordo com o presidente da colônia local, José Pinto. O fechamento afetou os comerciantes que trabalham vendendo peixes.

O preço do Estado para os pescadores e comerciantes era de R$ 4 o saco de gelo, aumentou para R$ 5, depois para R$ 6 e, quando a fábrica fechou, o produto era vendido por R$ 8. Apesar dos aumentos consecutivos, ainda era mais barato do que o valor nas fábricas privadas que vendem o saco a R$ 10 no município.

“Causa muito prejuízo porque mesmo quando o gelo chegou a R$ 8 eram dois reais a menos. Gostaria que tentassem colocar a fábrica para funcionar”, declarou o comerciante Reginaldo Ferreira da Silva.

Do início de março até o fim de junho ocorre o defeso, ou seja, os pescadores não podem pescar, pois os peixes estão em período de reprodução. E não há a criação deles em cativeiro no município. Por esse motivo, não estão sentindo tanto o impacto do fechamento da fábrica. De acordo com o presidente do sindicato de pescadores, Georgino Ribeiro da Silva, a cidade conseguirá se manter mesmo quando a pesca estiver liberada.

“No momento, está sobrando gelo em Caracaraí porque está no período de defeso e só quem está consumindo é a cidade. Mas quando for a época de pesca, as fábricas que têm aqui são suficientes para segurar”, declarou.

O presidente da colônia de pescadores de Caracaraí, José Pinto, confirmou que no momento não há prejuízos para os pescadores, mas defendeu que a fábrica precisa ser reaberta e que a manutenção necessária no local deveria ter sido realizada junto ao período de defeso e não antes ou depois.

“A fábrica fechou há mais de dois meses e causou um grande prejuízo para a colônia de Caracaraí e, pelo que vejo, parece que o Estado não tem interesse em solucionar o problema” afirmou. “Peço que o Estado resolva logo este problema porque já estamos próximos do mês de junho e a pesca será liberada de novo”, acrescentou.

CODESAIMA – A Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima) é a responsável pela fábrica que está fechada. O presidente, Anastase Papoortzis, explicou que a fábrica foi fechada por determinação da Justiça do Trabalho quando ainda estava sob uma intervenção judicial.

“Estamos atrás de recursos para ver se conseguimos reabrir, mas o Estado não tem. Já fizemos um orçamento e agora esperamos ter verba”, declarou Papoortzis.

O presidente da companhia disse ainda que já há todo um estudo feito sobre o que é preciso e possível realizar no local e que a fábrica é necessária para o município, pois é autossustentável. 

“Acredito que o governador será sensível e, em pouco tempo, no máximo em um mês ou um mês e meio, teremos alguma condição, mas vai depender de recursos”, afirmou.

O Estado declarou por nota que os principais beneficiados não estão sendo prejudicados devido ao período de defeso.

“A expectativa é que nos próximos dias esse trabalho esteja concluído e a produção seja reativada. Mesmo com a produção de gelos temporariamente paralisada, a Codesaima mantém cinco servidores de seu quadro fazendo a manutenção e conservação da estrutura daquela unidade”, informa a nota. 

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