Em razão dos problemas ocasionados pelo desabastecimento de água, alunos e professores da Escola Agrotécnica da Universidade Federal de Roraima (Eagro/UFRR) anunciaram nesta terça-feira, 24, a suspensão de todas as atividades até o início do próximo mês.
Pela manhã, um grupo formado por mais de 150 pessoas, entre estudantes e servidores participaram de uma reunião com representantes da instituição, para verificar uma solução aos problemas da unidade.
Um dos estudantes que esteve à frente da mobilização, o jovem Dalton Carvalho, 15 anos, contou a FolhaWeb que até o ano passado, o fornecimento de água na unidade ocorria dentro da normalidade. No entanto, a situação veio a piorar nos últimos meses, tendo que os estudantes recorrerem um caminhão-pipa revitalizado por eles mesmos.
“Muitos alunos começaram a se queixar de problemas de saúde e logo deduzimos que poderia haver com a questão da água. Hoje, em colegiado, decidimos paralisar a escola, pois não dá para aprender alguma coisa com essa situação. Viemos buscar uma solução com os reitores e pró-reitores da universidade, porque querendo ou não, nós não carregamos o símbolo da instituição por nada, por brincadeira. Nós passamos por provas, nos empenhamos para conseguir uma vaga e nós só estamos aqui pedindo o essencial”, destacou.
Atual diretor da unidade que já uma das referências do Norte do país, o professor Jandiê Araújo destacou que as pontualidades destacadas na reunião são de conhecimento antigo da instituição, afetando diariamente a vida de cerca de 350 alunos, dos 40 professores e 8 técnicos administrativos da Eagro.
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“Nós realizamos essa paralisação justamente para ter um diálogo melhor com a gestão superior, para resolver os problemas pontuais que enfrentamos atualmente, sendo a falta de água a mais imediata. É um problema sério, onde você não consegue manter uma higienização no ambiente, para atender uma necessidade básica e primordial, que é a hidratação, e por sermos um campus agrícola, nós precisamos de água para os setores e isso a gente já vem há bastante tempo, cerca de 10 anos, alertando a instituição. Nós só queremos uma maior eficiência na execução dos serviços de manutenção para a Eagro”, salientou
Além da Chefia de Gabinete da Reitoria, a reunião contou com ainda a presença de representantes da Pró-Reitoria de Infraestrutura, Diretoria de Obras, Diretoria de Tecnologia da Informação e Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, cujo titular da pasta, professor Carlos Alberto Cirino, representou o reitor e vice-reitor, ausentes por conta compromisso fora do Estado.
Ao final dos diálogos, ficou definida a composição de uma comissão para avaliar todas as necessidades existentes na unidade. Responsável pela chefia de gabinete da reitoria, Caroline Ferraguete, salientou que o problema da água deverá ser resolvido antes do fim da paralisação das atividades da Eagro, prevista para 1º de maio.
“Prioritariamente, a atenção especial será voltada a demanda da falta de água, que é algo que deve ser contornado nesse prazo que eles nos deram, que é até 1º de maio, porque já existe um poço finalizado, ou seja, é uma questão apenas de canalizar. Em relação as outras demandas, a instituição precisa de um tempo, médio a longo prazo, para ter uma resposta inclusive dos órgãos superiores da UFRR”, pontuou.
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