Cotidiano

Cadeia Pública também passará por varredura das Forças Armadas

Governo do Estado afirma que lei permite eletrodomésticos em presídios e que os aparelhos apreendidos na Pamc serão devolvidos

Depois da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), a Cadeia Pública de Boa Vista, localizada no bairro São Vicente, zona Sul da Capital, também será alvo de uma varredura em busca de drogas, armas, celulares e outros ilícitos. O secretário de Justiça e Cidadania, Uziel Castro, confirmou a informação, mas disse que ainda não há data marcada para que a ação ocorra. A vistoria na Pamc foi realizada pelas Forças Armadas com apoio da Força Nacional e as forças de segurança do Governo do Estado.

A “Operação Monte Cristo II”, na Pamc, foi autorizada por meio do decreto presidencial expedido no dia 17 de janeiro, no qual o Governo Federal autoriza a intervenção do Exército em presídios e fronteiras do país. A 1ª Brigada de Infantaria de Selva (BIS) enviou tropas para o emprego de ações técnicas de varredura no interior do presídio com detector de metal.

BALANÇO – Após a revista feita na Pamc, zona rural de Boa Vista, na sexta-feira, 27, as Forças Armadas divulgaram o balanço das apreensões. Entre outros eletrodomésticos, foram apreendidos 31 aparelhos de TV, 23 fogões de pequeno porte, três balanças de precisão, um micro-ondas, nove liquidificadores e 61 geladeiras. Apesar da polêmica gerada, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) informou que esses eletrodomésticos são previstos em lei.

Segundo o titular da Sejuc, Uziel Castro, a quantidade não chega a ser considerada “absurda”, tendo em vista que “a Lei de Execução Penal prevê regalias para os presos que têm bom comportamento”. Ele disse que não foi considerado um objeto por preso, e sim por ala. O secretário relatou que os números da apreensão não batem com os da administração da Pamc.

“O diretor disse que eram apenas duas televisões, e não 31. Também não são 23 fogões pequenos, havia fogareiros artesanais, feitos com resistência de chuveiro e tijolos”, frisou. Ele informou que os objetos foram retirados por determinação da diretoria da Pamc, para que fosse feita uma revista dentro dos aparelhos.

Castro ressaltou que os eletrodomésticos serão devolvidos conforme a conduta dos presos e se a administração determinar. A maioria dos objetos deve ser devolvida aos familiares. Agora, a diretoria da Pamc vai realizar uma triagem para saber o que vai ser realmente devolvido. Em 2014 também houve a retirada desses materiais. “Na nossa administração não entrou nada, tudo isso já estava lá. Ainda assim, reforço que não é proibido”, frisou.

O secretário relatou que constantemente são feitas revistas naquele presídio e nas cadeias públicas de Boa Vista e de São Luiz do Anauá, no Sul do Estado. Informou que também há eletrodomésticos na Cadeia de Boa Vista, onde há cerca de 345 presos. “Quando assumimos, não autorizamos que nada entrasse. Sabemos que tinha esse número”, enfatizou.
(A.G.G)

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.