Cotidiano

Nova portaria sobre demarcações de terras indígenas recebe críticas

Nova portaria sobre demarcações de terras indígenas recebe críticas Nova portaria sobre demarcações de terras indígenas recebe críticas Nova portaria sobre demarcações de terras indígenas recebe críticas Nova portaria sobre demarcações de terras indígenas recebe críticas

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, não conseguiu aplacar as críticas do movimento indígena após a decisão de publicar uma nova versão da portaria que trata do processo de demarcação de terras indígenas. Nesta sexta-feira, 20, o governo publicou uma “versão compacta” do texto que havia assinado na segunda-feira. Nos três artigos da nova portaria, porém, o ministério mantém a criação do Grupo Técnico Especializado (GTE) e de sua finalidade básica, que será a de validar os trabalhos técnicos realizados pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

Para Juliana de Paula Batista, advogada do Instituto Socioambiental (ISA), a medida fragiliza o trabalho da autarquia vinculada ao ministério. “O instrumento ainda comporta críticas, pois o GTE tem a clara finalidade de reanalisar os trabalhos da Funai e interferir politicamente em estudos técnicos”, disse.

Para o secretário executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Cleber Buzatto, não houve nenhuma mudança efetiva na nova portaria. “Continuamos bastante preocupados, uma vez que o governo manteve o elemento central da Portaria 68/17”, disse. “A nova portaria preserva a criação de uma instância supervisora no âmbito do MJ suscetível a demandas e pressões políticas, que poderá atuar na perspectiva de construir argumentos políticos para se contrapor aos argumentos técnico-científicos produzidos pelas equipes multidisciplinares e, assim, subsidiar o ministro da Justiça na tentativa de embasar decisão deste pela desaprovação dos procedimentos de demarcação das terras”.

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