Cotidiano

Frente sindical exige fiscalização e detalhamento dos gastos públicos

Sindicalistas e servidores de várias categorias foram para a Assembleia Legislativa fazer cobrança aos deputados estaduais

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Representantes sindicais e servidores realizaram uma manifestação durante a sessão ordinária na Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (ALE-RR), na manhã de ontem. As classes solicitaram do Poder Legislativo a fiscalização e detalhamento dos recursos estaduais que estão sendo recebidos, provenientes do Fundo de Participação Dos Estados (FPE) e arrecadados pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Roraima (Sinpol), José Nilton, ressaltou a entrevista realizada no dia 14, quando os sindicatos mostraram que os recursos que estão ingressando na conta do Estado seriam suficientes para pagar a folha de pagamento e ainda sobraria. “Por outro lado, queremos saber para onde está sendo destinado. Nós não podemos pagar pela ausência de uma gestão”.

Além disso, Nilton informou que as classes estão cobrando uma reestruturação da administração do poder Executivo, uma vez que, se existe a crise que assola o País inteiro e 80% dos recursos do Estado são provenientes do FPE, não há nada mais sensível do que realizar o corte de gastos. Contudo, os sindicatos constataram pelo Diário Oficial do Estado (DOE) que, ao invés de diminuir, os gastos estão aumentando.

O sindicalista ressaltou que os sindicatos querem o apoio do Legislativo, mas que também vão atrás do Poder Judiciário e dos órgãos de fiscalização, como Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Ministério Público de Contas (MPC) para informações e detalhes concretos.

Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de Roraima (Sindape), Lindomar Sobrinho, os agentes penitenciários estão com ausência de equipamentos, como colete, escudo, capacete, arma e pistola. São 285 agentes em serviço para um equipamento que não atende nem 100 pessoas. Conforme Sobrinho, a Polícia Militar de Roraima (PMRR) tem emprestado o equipamento.

Ele ressaltou que os agentes não estão se negando a cumprir o dever constitucional e legal. “A Constituição fala que temos direito à vida. Se não temos equipamento, por vezes fica difícil a entrada do agente na unidade para cumprir alguma ordem”, explicou. De acordo com Sobrinho, o manifesto é um grito de pedido de socorro.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Efetivos do Poder Executivo de Roraima (Sintraima), Francisco Figueira, o ato é o segundo passo das classes, uma vez que o primeiro foi o raio-x feito nas finanças pública do Estado, onde apareceram recentes irregularidades na Educação. “Temos que saber para onde está indo o dinheiro. O Estado está deixando de pagar financiamentos, mas para onde os recursos estão indo?”, questionou.

Figueira relatou que os representantes sindicais querem que o servidor entenda que é um momento crítico e que é preciso unir forças. Para ele, os servidores, nas suas secretarias, devem ficar vigilantes para que não haja irregularidades e, caso seja necessário, que denunciem. O presidente lembrou que há anos o pagamento era pago entre o dia 30 e o segundo dia útil do mês seguinte. “Nós somos parte do Estado. Não queremos ficar à mercê de parcelamento e atraso”, disse.

O presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Roraima (Sindprer), Melquisedek Menezes, enfatizou que 2.145 famílias estão sendo prejudicadas pelo atraso e parcelamento do salário. Além disso, ele informou que a enfermagem teve desconto indevido durante o período de greve, realizado esse ano, e que o governo não chamou a classe para dialogar.

“Hoje os profissionais estão com as contas atrasadas, com responsabilidades financeiras comprometidas diante da retaliação no mês de setembro”, disse. Conforme o presidente, a única vez que o governo chamou o sindicato para dialogar foi no dia 10 de outubro, quando anunciaram que parcelariam os proventos dos servidores. Diante do exposto, os servidores decidiram se manifestar, cobrando dos deputados a fiscalização do dinheiro público.

Conforme Menezes, os hospitais estão sucateados e os profissionais da saúde não têm condições mínimas para atender a população. Ele ainda ressaltou que estão anunciando o caos há meses e que querem dignidade para continuar exercendo o trabalho. “Profissional assistido é sucesso garantido. Os servidores não aceitam mais as desculpas que o governo tem tentado ludibriar”, frisou. (A.G.G)

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