Moradores do Município de São João da Baliza, região Sul de Roraima, voltaram a reclamar da situação das ruas esburacadas. Em muitas, é possível constatar imensas crateras e valas que dificultam o tráfego de veículos e pessoas. Alegam que o trabalho de tapa-buracos realizado pela Prefeitura de São João da Baliza não resolve o problema e que o ideal seriam obras mais consistentes, como asfaltamento e saneamento básico.
Segundo eles, a chuva retira a terra utilizada para tapar os buracos, causando lama e depois poeira, gerando mais transtornos à população, como problemas respiratórios. Cansados de esperar pelo poder público, os próprios moradores também resolveram realizar uma operação tapa-buracos recentemente.
“Essas medidas são apenas provisórias e amenizam os transtornos, mas a comunidade precisa de obras permanentes. A situação é precária em quase todas as ruas do município. Tem ruas quase intrafegáveis”, disse o servidor público Marco Antônio do Nascimento, que mora há 34 anos na cidade.
“A gente entende que o país está passando por dificuldades econômicas, mas não justifica a irresponsabilidade do gestor público com a população. Apesar de o prefeito ser interino, deveria tomar providência quanto aos problemas estruturais, porque ficar colocando barro em buraco não vai resolver a situação. Precisamos é de asfalto e saneamento básico”, reclamou Nascimento.
Uma moradora, que preferiu não se identificar, lembrou o histórico de corrupção que o município vem apresentando nos últimos anos. Falou do afastamento do prefeito no final do ano passado por suposto desvio de recursos públicos e envolvimento em fraude de processos licitatórios, e citou a renúncia do vice uma semana depois. “Nós vivemos essa situação de abandono, estando a cidade sem nenhum cuidado. A impressão é que não temos prefeito. Isso acontece porque os gestores não se preocupam com a população que vive na lama e na poeira”, lamentou a moradora.
PREFEITURA – A Folha tentou contato por telefone com a Prefeitura de São João da Baliza, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. (A.D)