A morte de uma criança registrada no Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA), na sexta-feira passada, tem levantado suspeitas de que o caso possa ter ocorrido em decorrência de contaminação pelo vírus influenza A, causador da gripe H1N1. Até o momento não houve confirmação. Amostras de material coletado da criança foram enviadas para análise pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima (Lacen), conforme informou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Inicialmente, a morte foi notificada como síndrome respiratória aguda.
De acordo com as informações, o Lacen enviará o material para análise do setor de virologia do Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém (PA). A Prefeitura, responsável pelo Hospital Santo Antônio, no bairro 13 de Setembro, zona Sul, informou que a investigação no laboratório é devido às complicações no sistema respiratório da criança e tem a finalidade de identificar que tipo de vírus causou a síndrome gripal. “Isso não implica dizer que esse vírus necessariamente seria o H1N1 e que o caso seria suspeito, já que a criança tinha registro de imunização contra a doença no cartão de vacina”, diz em nota.
Em abril deste ano, um caso da doença foi confirmado em Roraima. A paciente de 57 havia sido internada no Hospital Geral de Roraima (HGR), quando houve o diagnóstico de contaminação pelo vírus H1N1. O exame foi realizado pelo mesmo Instituto onde as amostras da criança serão analisadas. Na época, a coordenadora-geral de Vigilância em Saúde da Sesau, Daniela Souza, informou que a paciente havia viajado para o Rio Grande do Sul e, quando voltou, apresentou sintomas semelhantes ao da doença.
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Em abril e maio deste ano, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) imunizou grupos prioritários, como crianças de 6 meses a 4 anos, gestantes, mães que tiveram bebês até 45 dias, idosos acima de 60 anos e pacientes com doenças crônicas, entre hipertensos, diabéticos, pneumopatas e cardiopatas. Segundo informação do Ministério da Saúde (MS), a H1N1 é uma doença causada por mutações do vírus da gripe e pode afetar pessoas de todas as idades.
SINTOMAS – De acordo com especialistas, os sintomas são parecidos com o de uma gripe comum, mas, frequentemente, são caracterizados por início abrupto e intenso, como febre, calafrios, tremores, dor de cabeça e musculares, assim como problemas respiratórios com tosse seca, dor de garganta e coriza. A insuficiência respiratória, que é um dos sintomas mais frequentes, pode levar à morte.
ORIENTAÇÕES – O Ministério da Saúde faz algumas recomendações para evitar o contágio, como não permanecer por muito tempo em locais fechados e sem ventilação, com aglomeração de pessoas, higienizar as mãos com frequência ou utilizar álcool em gel, pois a transmissão pode ocorrer por meio de superfícies contaminadas por secreções decorrentes de tosses e espirros de pessoas infectadas. Os germes podem ser transmitidos quando uma pessoa toca algum objeto contaminado e depois leva as mãos aos olhos, nariz ou boca. (A.D)
