Política

Vereadores aprovam nota de repúdio contra exposição em SP

Elaboração do documento foi iniciativa da Frente Parlamentar Evangélica da Câmara Municipal de Boa Vista

Dezesseis vereadores da Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV) assinaram nota de repúdio contra a exposição “La Bête (O Bicho)”, promovida no fim do mês de setembro pelo Museu de Arte Moderna (MAM) em São Paulo. O documento foi apresentado pelo líder da Frente Parlamentar Evangélica da Câmara Municipal de Boa Vista, vereador Nilvan Santos (PSC), durante sessão de terça-feira, 3.

A exposição do MAM ganhou grande repercussão nacional após o compartilhamento de um vídeo nas redes sociais que mostra uma criança acompanhada da mãe tocando os pés do artista, que se encontrava nu.

Assinaram o documento os vereadores Albuquerque (PC do B), Dra. Magnólia (PPS), Genilson (SD), Idázio (PP), Ítalo Otávio (PR), Júlio Medeiros (PTN), Marcelo Lopes (PEN), Manoel Neves (PRB), Mauricélio Fernandes (PMDB), Mirian dos Reis (PHS), Pastor Jorge (PSC), Tayla Peres (PRTB), Vavá do Thianguá (PSD), Wagner Feitosa (SD) e Zélio Mota (PSD), além do próprio líder Nilvan Santos.

Os vereadores que não assinaram foram o Professor Linoberg (SD), Genival da Enfermagem (PTC) e Renato Queiroz (PSB). Ausentes na sessão de terça-feira estavam os vereadores Wesley Tomé (PC do B) e Rômulo Amorim (PTC).

MOTIVAÇÃO – O líder da Frente Parlamentar defendeu que a nota não é contra as exposições artísticas em geral, mas contra a performance. “Não é que nós sejamos contra. Nós somos favoráveis e incentivadores de todos os movimentos artísticos em todos os seus níveis. Entretanto, não podemos compactuar com esse tipo de exposição porque nós entendemos que as demonstrações não representam a arte na sua essência e vêm a afrontar os princípios da família e dos cristãos”, frisou Nilvan.

O vereador disse que a Frente Parlamentar acredita que a exposição não era apropriada para menores e não possuía um esclarecimento sobre a performance, contendo apenas um aviso que a apresentação continha nudez. “A grande questão é a presença da criança em um evento, onde a mãe permitiu que a criança tocasse no artista nu e isso nós não podemos aceitar. No Museu eles informaram que se tratava de uma apresentação que continha nudez, porém, não havia uma classificação de idade”, acrescentou o líder.

Após a assinatura dos vereadores, o documento vai ser encaminhado para entidades religiosas da Capital, para o Museu e o Congresso Nacional, por meio do deputado federal Marcos Feliciano (PSC), que pertence à mesma sigla partidária do vereador Nilvan. “Dessa forma, o deputado vai conseguir fazer a leitura do documento para que fique gravado nos anais da Casa. As igrejas evangélicas e católicas também vão receber a nota para que tenham ciência para que as pessoas entendam que não somos contra qualquer tipo de apresentação artística, mas dessa em questão por ferir os princípios que acreditamos”, frisou o vereador. (P.C.)