Saúde e Bem-estar

Uso excessivo de colírio pode desenvolver glaucoma ou catarata

O problema maior está nas classes dos colírios antibióticos e com corticoide

O colírio é um medicamento sem e com prescrição médica e, dependendo da tipagem, pode desenvolver glaucoma ou catarata. Existem os colírios lubrificantes, antibióticos, antinflamatórios, antialérgicos, anestésicos, descongestionante e o para glaucoma.

Segundo o oftalmologista Amarildo Rodrigues Melo, os colírios lubrificantes são os que menos causam mal pois servem para lavar e fazer limpeza dos olhos. Entretanto, o problema maior está nas classes dos colírios antibióticos e com corticoide.

“O corticoide ainda não precisa de receita médica por conta do betametasona. A betametasona faz com que o olho vermelho ou coçando melhore na hora. Só que tem efeitos colaterais e um deles é o glaucoma. A pressão do olho vai subir, vai irritar de novo e a pessoa vai pingar mais uma gota. Virando um ciclo vicioso que vai gerar catarata”, explicou o oftalmologista.

A catarata é considerada menos perigosa porque há possibilidade de remoção com cirurgia. Mas o glaucoma é gravíssimo pois se não tratado adequadamente leva à cegueira.

De acordo com o médico, os colírios lubrificantes podem causar efeito adverso se usados demais e sem indicação médica. Em vez de descongestionar, eles vão contrair os vasos sanguíneos, diminuir a passagem de sangue e clarear o globo ocular. Em casos raros, pode desenvolver catarata também.

O oftalmologista ainda explicou que a solução para acabar com o uso excessivo de colírios é a consciência dos efeitos colaterais, ficar atento ao corticoide e procurar um especialista.


De acordo com o médico, os colírios lubrificantes podem causar efeito adverso se usados demais e sem indicação médica (Foto: Diane Sampaio/FolhaBV)

“Saber os efeitos colaterais que os colírios causam e o uso do corticoide. Porque hoje tem muita gente com glaucoma secundário. Não existe uma faixa etária específica de pacientes, mas quem usa lente de contato, de 20 a 30 anos, e soldadores, de 40 a 60 anos, é bem comum comprarem corticoide. Então sempre procure um oftalmologista”, disse Amarildo.

Por isso, o ideal é se saber das dicas: nenhum colírio deve ser usado além do período e dosagem prescritos pelo médico; Só use um colírio com a prescrição de um oftalmologista; Colírios não devem ser compartilhados; Ao aplicar um colírio, evite que o dispensador toque os olhos ou qualquer outra superfície para prevenir contaminação e disseminação de microrganismos; Lave bem as mãos antes e depois da aplicação; E, fique atento ao prazo de validade do colírio e os efeitos colaterais.

Automedicação – O uso excessivo de remédios e a automedicação são problemas sérios enraizados na população brasileira. Segundo uma pesquisa realizada em 2018 pelo ICTQ (Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade) 79% dos brasileiros fazem uso da automedicação no dia a dia.

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