Roraima e Acre são os únicos estados que não registraram morte por dengue diante da epidemia no Brasil em 2024. O país já registrou mais de 3,5 milhões de casos prováveis e 1.544 mortes.
Apesar do estado do Acre não registrar morte, possui a 11º maior taxa de incidência da doença (735,3 por 100 mil habitantes), tem o registro de sete casos graves e 6.103 casos prováveis de dengue desde o começo do ano. Em 2023, dos 1.179 óbitos em todo o território nacional, apenas um foi no Acre.
Já Roraima é o estado que tem a menor taxa de incidência do país (36,8 casos por 100 mil habitantes) e apenas um caso grave contabilizado. O último óbito causado pela dengue no estado foi em 2022, segundo a Secretaria de Saúde (Sesau).
Atualmente, o número de casos prováveis está em 231. Conforme o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde (MS), a maior parte desses casos prováveis foram em pessoas entre 20 e 29 anos (25,9%) e entre 30 e 39 anos (18,6%).
Baixa vacinação
Apesar de Roraima ter índices baixos para os casos de dengue, a baixa procura por vacinação pode aumentar os números. A chefe de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) de Boa Vista, Ana Paula Merval, já alertou que, no período chuvoso, haverá elevação expressiva no número de casos de dengue e que o índice de disseminação do mosquito vetor aedes aegypti pode crescer.
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“Devido a esses fatores, é provável que haja uma epidemia de dengue em Boa Vista. Com o público de 10 a 14 anos vacinado, já dá uma segurança maior. O foco do Ministério da Saúde é diminuir a quantidade de óbitos no Brasil. No município, não temos nenhum óbito e planejamos permanecer assim até o fim de 2024”, afirmou.
