Política

Telmário nega envolvimento em desvio de recursos públicos

Parlamentar se pronunciou após ter sido citado como um dos investigados em inquérito do Supremo Tribunal Federal

O senador Telmário Mota (Pros) se pronunciou após ter sido citado como um dos investigados em inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga possíveis irregularidades de desvio de recursos do combate ao covid-19 em Roraima.

A citação ocorreu na decisão do ministro Luis Roberto Barroso, onde diz que o senador Chico Rodrigues (Democratas) deve evitar contato com os demais investigados no inquérito, entre eles, o senador Telmário Mota.

Em vídeo divulgado à Folha, o senador afirma que as instituições fiscalizadoras devem continuar apurando as irregularidades, mas que não podem querer jogar seu nome “na vala comum da corrupção”. 

Confira a fala do senador na íntegra:

“Os meus adversários estão espalhando aos quatro cantos do Estado de Roraima que eu estou sendo investigado no mesmo inquérito que está apurando as denúncias contra o senador Chico Rodrigues.

Primeiro: eu não coloquei recurso no Governo do Estado para 2019. O dinheiro que eu coloquei lá, que ainda está lá, embora eu tenha autorizado o secretário [de Saúde] Marcelo Lopes a comprar remédio para salvar vidas, que ele não usou, são recursos das minhas emendas na área de saúde. 

Se alguém usou as minhas emendas de forma errada ou foi o Governo do Estado ou foram os prefeitos. Eu não faço lobby. Eu não tenho empresa. Eu não indico empresa.

A Polícia Federal, o Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal (STF) devem apurar e apurar mesmo. Encontrando irregularidades, vamos punir os culpados.

O que não pode é querer me jogar na vala comum da corrupção. Eu entrei no Senado de mãos limpas e do Senado eu vou sair de mãos limpas. Pode acreditar nisso”.

ENTENDA O CASO – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, determinou o afastamento das funções parlamentares do senador Chico Rodrigues (Democratas) por 90 dias.Na decisão, o ministro também proíbe o contato – pessoal, telefônico, telemático ou de qualquer outra natureza – com os demais investigados no Inq. 4852 até o término da investigação. O afastamento ainda deve ser avaliado pelo Senado Federal. Caberá aos senadores definir se cabe manter ou afastar o parlamentar.

Citação do senador em decisão do STF (Foto: Reprodução)