Principal alvo dos protestos da direita no domingo (3), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pode ser alvo do 30º pedido de impeachment se a oposição, que já tem 38 assinaturas, chegar a 43. Enquanto isso, o tema permanece como tabu para os três senadores de Roraima, que evitam comentá-lo publicamente.
A assessoria do senador Chico Rodrigues (PSB-RR) disse que ele não iria comentar. Por sua vez, o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) declarou que não poderia se manifestar sobre um “processo que, oficialmente, ainda não existe”.
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Entretanto, caso o Senado abra um procedimento contra Moraes, Mecias prometeu analisá-lo “com total responsabilidade, ouvindo o sentimento das ruas, que tem cobrado posicionamentos firmes diante de abusos e excessos”.
“Esse tipo de pedido precisa passar primeiro pela Advocacia do Senado, depois pela Secretaria-Geral da Mesa, e só então pode ser aceito pelo presidente do Senado. Isso ainda não aconteceu”, finalizou.
Apesar da indefinição, a assessoria do parlamentar enviou uma nota, subscrita por Mecias, em que ele repudia a decisão de Moraes de colocar tornozeleira eletrônica no senador Marcos do Val (Podemos-ES).
A assessoria do senador Dr. Hiran (Progressistas), por sua vez, não enviou resposta até a publicação da reportagem.
No Brasil, o Senado é o único responsável por julgar impeachment de ministros do STF em caso de crimes de responsabilidade. Até o momento, há 70 pedidos dessa modalidade contra os magistrados, sendo que Moraes lidera a lista com 29.
Até hoje, nunca um integrante da Corte perdeu o cargo. Por outro lado, Moraes se tornou o primeiro ministro de uma Suprema Corte sancionado pelos Estados Unidos. O País de Donald Trump considerou, na medida, decisões desfavoráveis ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no processo que apura a suposta tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.
