Política

Ex-vereador condenado à prisão diz que vai recorrer na Justiça

Juíza Daniela Schirato condenou o ex-parlamentar e mais dois ex-servidores da Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV)

O ex-vereador de Boa Vista, Wagner Feitosa, informou que vai recorrer da decisão judicial que condenou o ex-parlamentar e mais dois ex-servidores da Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV) sob a acusação é de que funcionários eram obrigados a devolver parte ou o valor integral do salário da Casa. O esquema também é conhecido como “rachadinha”.

A decisão da juíza Daniela Schirato, da Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas de Boa Vista, foi divulgada nesta segunda-feira, 08, e se refere à uma investigação ainda em 2018, na época em que Feitosa era vereador da CMBV. Na época, o então parlamentar chegou a ser preso e afastado das suas funções políticas, mas conseguiu reaver a situação e voltar ao plenário. Já hoje, 09, pela manhã, o ex-vereador afirmou que irá recorrer do processo.

“Estou passando para informar que estou bem, ao lado da minha família e irei recorrer dessa decisão absurda. Em 2018 fui acusado de pertencer a uma facção, me tiraram da cadeira de vereador, “muita calúnia, difamação, etc”. Depois de um ano o próprio MP [Ministério Público] pediu absolvição desse absurdo e voltei à cadeira de vereador.

Confio e acredito na justiça de Deus, quem me conhece sabe da minha índole. Fui um vereador atuante principalmente na área social, vou lutar até o fim para provar que estou sendo mais uma vez injustiçado. Tenho fé que irei provar minha inocência no Tribunal e passar por mais uma provação. Confio no Deus que sirvo”, disse Feitosa, em nota na íntegra.

ENTENDA – A decisão da juíza Daniela Schirato é datada do dia 25 de fevereiro e condena Feitosa a 11 anos e quatro meses de prisão inicialmente em regime fechado; condena o ex-chefe de gabinete do parlamentar a seis anos e 11 onze meses, em regime semiaberto; e condena o ex-assessor a pena de nove anos e quatro meses em regime fechado.

Segundo a juíza, os servidores que ficaram sem receber passaram por momentos de “profunda angústia” e tiveram suas vidas alteradas pela necessidade sofrida. “Em virtude de não disporem, por alguns meses, de uma parte ou do total de seus salários para a satisfação de suas necessidades básicas”, ressaltou.

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