Depois de participar da obstrução das mesas diretoras da Câmara e do Senado em Brasília, o deputado federal Nicoletti (União Brasil-RR) levou o protesto para Boa Vista. Na manhã desta quinta-feira (7), ele puxou um buzinaço pelo impeachment do presidente Lula (PT) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
- IMPEACHMENT DE MORAES: Dois senadores de Roraima favoráveis e um contrário
No cruzamento entre as avenidas Brigadeiro Eduardo Gomes e Venezuela, um dos mais movimentados da capital de Roraima, Nicoletti e auxiliares exibiam placas com os dizeres “Fora Lula”, “Fora Moraes” e “Cadê os senadores de Roraima?”, uma cobrança a uma posição mais firme da bancada do Estado.
“Isso não é um ato apenas para Bolsonaro. São vários políticos perseguidos, o povo do dia 8 perseguido pela ditadura de toga desse cara, Alexandre de Moraes. Não adianta o Senado Federal apenas dizer que apoia se não pressionar o senador Davi Alcolumbre. Nós precisamos tirar do papel e começar a expedir impeachment [de Moraes] logo e pra votação. O povo não aguenta mais a perseguição política, então, o povo tá aqui nas ruas buzinando porque apoia ‘Fora Lula e Fora Moraes também'”, declarou.
A maioria dos motoristas e motociclistas que passavam pelo ato buzinaram em apoio. Outros, porém, reagiram com críticas. Teve gritos de “Vai trabalhar!”, sinal de “L” em apoio a Lula e até xingamentos contra o deputado.
O parlamentar também rebateu críticas de aliados do Governo Lula de que a obstrução no Congresso atrapalha o Brasil.
“Atrapalhando o quê? Atrapalhando a taxação do Lula? Porque o Lula só bota projeto para taxar o cidadão de bem. Então, hoje a gente tá parando o Congresso por uma causa maior. Adianta nada, nós derrubamos o decreto de IOF do Lula, o STF foi lá e aprovou o decreto. De que que adianta hoje o Congresso? O Congresso não serve mais para nada. Ou a gente para o STF ou não adianta ter Congresso Nacional”, disse Nicoletti.
Na quarta-feira (6), a oposição se retirou das mesas das duas casas legislativas, em Brasília, após líderes dos principais partidos, como Progressistas, União Brasil e PSD, se comprometerem a votar, na próxima semana, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do fim do foro privilegiado para políticos, transferindo a competência do STF para tribunais regionais.
Além disso, eles firmaram acordo para retomar os debates do Projeto de Lei da anistia aos réus e condenados por participar da suposta tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. Um novo texto não deve contemplar brechas para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).