Oito dos foragidos mais procurados de Roraima. (Foto: Divulgação/MJSP)
Oito dos foragidos mais procurados de Roraima. (Foto: Divulgação/MJSP)

O Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou o site gov.br/captura, que reúne a lista dos 216 foragidos mais procurados do país. Entre eles, oito têm ligação com Roraima, todos com mandados de prisão em aberto e considerados de alta periculosidade pelas autoridades.

Cada estado pôde indicar até oito nomes com base em uma “matriz de risco”, que leva em conta gravidade dos crimes, possível vínculo com organizações criminosas, existência de vários mandados e atuação em mais de uma unidade da Federação. A lista é pública e conta com foto, dados básicos dos procurados e canais para denúncia anônima.

A plataforma faz parte do Programa Captura, iniciativa nacional voltada à identificação, localização e prisão de criminosos com histórico de crimes graves. Além de integrar informações entre estados e governo federal, o site permite que qualquer pessoa envie informações às forças de segurança pelos canais 190 e 197, sem necessidade de se identificar.

Segundo o Ministério da Justiça, a lista será atualizada conforme prisões sejam feitas ou novos alvos sejam incluídos. Cada ficha traz o estado de referência do mandado de prisão e os apelidos usados pelos procurados

Quem são os oito foragidos de Roraima

Marcelo Magalhães da Silva

É apontado pela Polícia Civil como principal suspeito de matar o casal de idosos Chenyl Atkinson, 63, e José Ribamar Ribeiro, 71, em 4 de março de 2024, no município de Bonfim, região de fronteira com a Guiana. Ele é conhecido pelos apelidos “China” e “Maconha” e teve a prisão preventiva decretada. Investigações indicam que ele pode ter fugido para um garimpo na Guiana.

Ivanildo Costa de Souza


Servidor público federal, é réu por estupro de três meninas em Roraima. As vítimas tinham entre 8 e 14 anos na época dos fatos, ocorridos entre 2013 e 2014. Ele está com mandado de prisão em aberto e foi incluído na lista de foragidos do Ministério da Justiça.

Gessé Diomar Mendes Barros

Ex-empresário, é condenado por mandar matar o empresário Rogério de Oliveira Rosa, conhecido como “Rogério BC”, executado em agosto de 2007, em Boa Vista. Além desse caso, o Ministério Público registra que ele responde ou respondeu a processos por porte ilegal de arma, embriaguez ao volante, direção perigosa e tentativa de homicídio contra um sobrinho. Ele também aparece em lista de procurados da Interpol.

Cirilo Barros Ferreira

Foi condenado a mais de 21 anos de prisão como executor do assassinato do empresário da aviação Francisco Mesquita, conhecido como “Chico da Meta”, morto a tiros em maio de 2011, em Boa Vista. O caso foi julgado pelo Tribunal do Júri, e ele agora figura na relação dos mais procurados do país.

Caio de Medeiros Porto


É suspeito de matar o casal de agricultores Flávia Guilarducci e Jânio Bonfim na vicinal do Surrão, no município de Cantá, em 23 de abril de 2024. O caso ganhou repercussão nacional, e Caio passou a integrar também a lista vermelha de procurados da Interpol.

Deuzirene Cardoso da Silva

É uma das três únicas mulheres na lista nacional. Foi presa preventivamente em 2011, denunciada por suposta omissão em relação ao abuso sexual cometido pelo companheiro contra a própria filha, então com 11 anos, segundo documentos do Tribunal de Justiça de Roraima e reportagens recentes. Ela responde por não ter impedido ou denunciado os abusos imputados ao pai da criança.

Alamir Laurence de Souza Cruz Casarin

Técnico em informática, foi denunciado por crimes de pedofilia pelo Ministério Público de Roraima em 2010 e já constava em listas anteriores de procurados. Seu nome voltou a ganhar destaque agora com a inclusão oficial no Programa Captura, que centraliza os alvos prioritários de todos os estados.

Francisco Gleiton Martins de Oliveira

O influenciador digital de 44 anos, é condenado a 32 anos e 11 meses de prisão por estupro de vulnerável. De acordo com a decisão judicial, a vítima era menor de idade e o crime ocorreu em contexto de convivência familiar.

Informações que ajudem na localização dos foragidos podem ser repassadas pelos números 190 e 197, de forma anônima.

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