Polícia

Jornaleiro é obrigado a ficar nu em assalto e perde quase R$ 2 mil

Um jornaleiro de 39 anos foi vítima de uma ação criminosa praticada por dois assaltantes na madrugada dessa segunda-feira, 02, quando seguia para o trabalho. O fato aconteceu na avenida Venezuela, próximo ao cruzamento com a avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, bairro Mecejana, ocasião em que foi brutalmente agredido para entregar seus pertences.

A vítima relata que saiu de sua residência após as 4h numa bicicleta e quando chegou ao local do assalto, por volta das 4h30, foi seguida por dois elementos que também usavam bicicletas e cada um deles estava armado com um revólver de calibre 38. A dupla anunciou o roubo pedindo dinheiro. 

“Eram venezuelanos e falavam em espanhol, mas não entendia o que eles queriam, por isso eu dizia que não tinha o que eles queriam, mas depois eles rasgaram os bolsos da minha bermuda e pegaram meu celular. Como não encontraram dinheiro, me obrigaram a tirar a roupa no meio da rua. Tive que ficar nu e o dinheiro que estava na cueca, caiu. Eles levaram quase R$ 2 mil”, contou a vítima.

Enquanto os bandidos roubavam, davam coronhadas na cabeça da vítima. No total foram quatro golpes que resultaram em cortes profundos. “Eles batiam com muita força e depois das coronhadas, deram um murro no meu olho direito, por isso está inchado. Eu fiquei tonto, mas consegui vestir a roupa e ir na bicicleta até o jornal. Eu precisava agir por conta própria, mesmo sangrando muito porque ninguém passava na rua para me socorrer”, declarou.

A vítima foi socorrida por colegas de trabalho e levada ao Trauma do Hospital Geral de Roraima (HGR), onde recebeu cuidados médicos, teve os ferimentos tratados e pontuados e ficou em observação durante toda a manhã de ontem. “Quando eu saí, vim direto para casa, não procurei a Delegacia ainda porque não tive condições. O médico pediu que eu ficasse de repouso”, explicou.

Apesar de ter sido vítima dos criminosos, resultando num trauma também psicológico, o jornaleiro reforçou que vai continuar trabalhando todos os dias. “Não vou me intimidar, mas vou tomar mais um pouco de cuidado. Eu sei que Boa Vista está violenta, só que a gente nunca pensa que vai ser vítima”, concluiu.

O caso deve ser investigado pelo 1° DP, que é a Delegacia responsável pela área da ocorrência. Até o fim da tarde de ontem, nenhum suspeito do crime foi preso. (J.B)