Cotidiano

Você na Folha debate Piso Salarial do Magistério

FABRÍCIO ARAÚJO

Colaborador da Folha

O Ministério da Educação anunciou o piso salarial do magistério para R$ 2.557,74, o que representa um aumento de 4,17%. O valor corresponde ao vencimento inicial dos profissionais do magistério público da Educação Básica, com formação de nível médio, modalidade normal, jornada de 40 horas semanais.

Você acha justo professor ter um piso salarial de pouco mais de R$ 2.500? Por quê?

Edileuza Ramos, 52 anos, dona de casa (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Não acho. O aumento para professores nunca é justo. O professor é o formador de pessoas, do profissional. Quanto mais um professor puder receber, é melhor. R$ 2,5 mil é pouco, é muito pouco para eles porque é um profissional que forma todos os outros profissionais, é indispensável”.

Adriana Pereira, 44 anos, bombeira civil (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Não acho justo, não. Um professor gasta muito, gasta o próprio tempo, gasta com Internet e, muitas vezes, ainda deixa a família de lado para se dedicar para aquilo ali, para se dedicar aos alunos. E não atua só como professor, também é psicólogo, é mãe. Dentro de uma sala de aula, um professor é praticamente tudo”.

Marcos Pimentel, 54 anos, autônomo (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Honestamente, eu acho muito complicado responder se é justo ou não, mas é um piso muito bom para um professor receber hoje, apesar de eles reclamarem que é um salário muito baixo. Mas eu acredito que, se eles trabalharem bem mesmo, serão mais valorizados e aumente mais o salário deles. Tem uns professores que não merecem nem receber esse piso total”.

Igor Aquino, 18 anos, vendedor (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Não, esse valor não é justo. Para um professor que estuda mais de cinco anos para se formar e poder educar nossos filhos e receber um salário tão abaixo da média por 40 horas, é muito pouco. É preciso ajustar o salário destes profissionais na base de R$ 4 mil, porque eles passam muitas dificuldades na sala de aula”.

Ramon Moreira, 23 anos, vendedor (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Eu não acho justo porque os professores, hoje em dia, passam muitas dificuldades com os alunos. As crianças e adolescentes de hoje têm uma educação muito informal. Antigamente, os professores eram tratados como reis, tinham o mesmo respeito dos pais. E as salas de aula estão em uma situação insuportável para ganhar só este valor”.

Sabrina Marques, 18 anos, estudante de biologia (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Não, não vejo como justo. Acho que é muito trabalho para pouco dinheiro, é muita responsabilidade. Acredito que a profissão deveria ser mais valorizada, até porque o desempenho do professor é de acordo com o que ele recebe e, se receber mais, então eles dariam mais valor para aquilo que estão fazendo”.