REPRESENTAÇÃO

Jornalista roraimense é eleito para compor conselho nacional da ABI pela primeira vez

O mandato da chapa eleita para compor o Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) será de maio de 2024 a abril de 2027

Paulo Thadeu Franco é o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Roraima (Foto: Divulgação)
Paulo Thadeu Franco é o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Roraima (Foto: Divulgação)

Pela primeira vez, um jornalista roraimense passa integrar Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). O jornalista Paulo Thadeu Franco das Neves faz parte da Chapa 1-Arnaldo César Ricci, do Movimento ABI Luta pela Democracia, que venceu a eleição realizada na sexta-feira (26).

Para Paulo Thadeu, que atualmente é o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Roraima (Sinjoper), a chapa eleita tem a representação de todas as regiões do país demostrando a preocupação da atuação direção de cada vez mais nacionalizar a ABI.

“Temos nomes do Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Roraima, Pará e de Brasília. Mais de um século de ABI e tenho orgulho de ser o primeiro roraimense autodeclarado indígena a ocupar tal posição de responsabilidade nesta histórica associação. Vamos incentivar novas filiações em toda a região norte”, destacou.

A Chapa 1 teve 239 votos, equivalente a 77% dos votos válidos, contra 73 votos, que são 23% dos votos válidos) da Chapa 2 – Sem anistia para golpistas, de oposição à atual diretoria. Foram registrados, ainda, cinco votos nulos. Votaram 317 associados da ABI (66% do colégio eleitoral), sendo 40 presenciais, na sede da entidade, e 277 pela Internet.

A posse dos eleitos está marcada para o dia 17 de maio no Rio de Janeiro e o mandato será de maio de 2024 a abril de 2027.

A eleição foi realizada na sexta-feira, 26 (Foto: Divulgação)

Integrantes do Conselho Deliberativo

Chapa 1 – Arnaldo César Ricci Jacob (ABI Luta pela Democracia)

Conselheira(o)s Efetiva(o)s

  1. Rui Cardoso de A. Xavier (RJ)
  2. Hélio Marcos Prates Doyle (DF)
  3. Jorge Junzi Okubaro (SP)
  4. Vicente Alessi Filho (SP)
  5. Valdeci Francisco Verdelho (SP)
  6. Chizuo (Mario) Osawa (RJ)
  7. Rogério Marques Gomes (RJ)
  8. Luiz Carlos Azedo (DF)
  9. José Luis Laranjo Duarte (RJ)
  10. Washington Roberto dos Santos (RJ)
  11. Salomão de Castro e Silva Moura Brasil Filho (CE)
  12. Elson Faxina (PR)
  13. Lariesda (Lara) Sfair (PR)
  14. Patricia Sobral de Miranda (RJ)
  15. Jamile Barreto (SP)

Conselheira(o)s Suplentes

  1. Paulo Thadeu Franco das Neves (RR)2. Raul Silvestre Ribeiro da Silva (RJ)
  2. José Luiz Frare (SP)
  3. Claudia Rodríguez Noronha (RJ)
  4. Fátima Regina Lacerda (RJ)
  5. Analéa Alves Rego (RJ)
  6. Jorge Maurício (Maurício Max) (RJ)
  7. Yacy Nunes (RJ)
  8. Maria Luisa R. C. Fernandes (Malu) (RJ)
  9. Leonardo Schenato Barroso (PR)
  10. Luciana Borges Conti Tavares (RJ)
  11. Fabiana Coelho (SP)
  12. Moisés dos Santos Mendes (RS)
  13. Rita de Cássia Nardelli (RJ)
  14. José Emanuel Teixeira Vilaça (PA)

O que é a ABI

A história da fundação da ABI se confunde com a do idealizador Gustavo de Lacerda. São 116 anos de história em defesa da democracia. Criada em 7 de abril de 1908, seu principal objetivo era assegurar à classe jornalística os direitos assistenciais e tornar-se um centro poderoso de ação. Segundo o próprio Lacerda, a Associação deveria ser um campo neutro em que se pudessem abrigar todos os trabalhadores da imprensa.

Outro ícone da história da ABI foi Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho, que lutava por ideais nacionalistas e via sua profissão como um meio de levar a população brasileira à conscientização política e social. Em 1926, aos 29 anos de idade, assumiu pela primeira vez a Presidência da Casa. Durante seu quarto mandato, em 1992, foi o responsável direto pelo pedido da abertura do impeachment de Fernando Collor de Mello e o primeiro orador inscrito para defender o processo.

A ABI se adaptou ao longo do tempo e seus estatutos foram ajustados às diversas situações socioeconômicas da indústria jornalística. Como disse em 1969 um ex-presidente da Casa, Fernando Segismundo, “além das finalidades fundamentais, a associação deve interpretar o pensamento, as aspirações, os reclamos, a expressão cultural e cívica de nossa imprensa; preservar a dignidade profissional dos jornalistas — e não apenas a de seus sócios; acautelar os interesses da classe; estimular entre os jornalistas o sentimento de defesa do patrimônio cultural e material da pátria; realçar a atuação da imprensa nos fatos da nossa história; e colaborar em tudo que diga respeito ao desenvolvimento intelectual do país”.