Política

Temer reforça que não vai fechar a fronteira

Na visita ao abrigo do bairro Nova Canaã, o presidente ressaltou que a União tem se esforçado para atender as demandas do Estado

Em visita ao Estado pela segunda vez, o presidente da República Michel Temer (MDB) voltou a reforçar que não fechará a fronteira do país com a Venezuela. A questão ainda está sendo discutida junto ao Superior Tribunal Federal (STF), por meio de uma ação ingressada pela governadora Suely Campos (PP).

Aos jornalistas, Temer afirmou que a União tem se esforçado para atender as demandas do Estado, que sofre os efeitos drásticos da crise humanitária pela qual atravessa a Venezuela. Por conta desse problema, Roraima acabou virando rota para aqueles que desejam fugir da fome e falta de oportunidades, acarretando uma sobrecarga em todos os setores locais.

“A verdade é que não temos como fechar a fronteira. Vocês sabem que isso seria uma coisa inapropriada e a nossa ida a Pacaraima é justamente para inspecionar o local onde se faz a triagem daquelas pessoas que aqui chegam. Nós estamos de acordo que não dá para fechar a fronteira, mas também não há como abandonar as necessidades de todo o Estado”, disse.

Temer disse ainda que recursos devem ser repassados em breve ao Estado, sobretudo para a saúde, que tem sido uma das áreas mais afetadas com a migração em massa de venezuelanos. Ele citou ainda uma conversa particular que teve com Suely antes de sua chegada ao abrigo para refugiados venezuelanos do bairro Nova Canaã.

“Estou com o pedido da governadora, com vários temas que são importantes para Roraima, vocês sabem que aqui nós já encaminhamos vários recursos, tanto para acolher os venezuelanos, tanto para atender as necessidades da população do Estado. Eu vou examinar essa lista com muito carinho, com muita atenção, as necessidades do Estado”, informou.

A comitiva do presidente também conta com nomes como a da ministra Grace Mendonça, da Advocacia-Geral da União (AGU); Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República; e Gustavo Rocha, ministro dos Direitos Humanos. Após almoço, o grupo parte para Pacaraima, onde vão conhecer as instalações do posto de triagem da fronteira, local utilizado para recepcionar os imigrantes venezuelanos.