REAJUSTE SALARIAL

Servidores estaduais realizam paralisação reivindicando reajuste salarial

A reportagem entrou em contato com o Governo e aguarda retorno

Servidores estaduais realizam paralisação reivindicando reajuste salarial Servidores estaduais realizam paralisação reivindicando reajuste salarial Servidores estaduais realizam paralisação reivindicando reajuste salarial Servidores estaduais realizam paralisação reivindicando reajuste salarial
Servidores reivindicam um reajuste de 16,47% em seus salários. (Foto: Nilzete Franco/FOLHABV)
Servidores reivindicam um reajuste de 16,47% em seus salários. (Foto: Nilzete Franco/FOLHABV)

Servidores dos sindicatos de trabalhadores de Roraima se reuniram hoje (17), em frente ao Palácio Senador Hélio Campos, sede do executivo Estadual. Os servidores reivindicam a Revisão Geral Anual (RGA) dos salários.

No inicio deste mês, a Folha BV publicou uma matéria sobre o anúncio do ato de paralisação que está acontecendo hoje. A assembleia geral aprovou o ato na sede do Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo do Estado de Roraima (Sintraima) no dia 30 de abril.

De acordo com o presidente do Sintraima, Francisco Figueira, os manifestantes buscam respostas do governo.

“Nós estamos aqui pelo silêncio do governador. Nós encaminhamos um ofício para o governo no mês de março. Os demais sindicatos também fizeram o expediente para o senhor governador e até o momento não obtivemos nenhuma resposta sobre a revisão geral anual”, relatou o presidente do sindicato.

De acordo com o Artigo 37, inciso 10 da Constituição Federal fica assegurada a revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos. segundo a Constituição fica garantindo a recomposição da perda inflacionária, sempre na mesma data e sem distinção de índices.

Com base nésse artigo, o Sintraima busca junto ao servidores e governo uma saída para garantir uma melhor qualidade de vida e poder monetário dos servidores públicos do estado.

“Queremos que o governo encaminhe o projeto de lei para a Assembleia Legislativa, para a revisão geral anual dos servidores. Nós buscamos o mínimo de reativação do poder de compra, aonde nós chegamos a um cálculo simples de 16.47% que seria aí o justo, mas nada impede de nós entrarmos numa negociação”, esclareceu Francisco Figueira.

Tentativas de diálogo com o Governo

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Leandro Almeida, compartilhou a indignação dos servidores.

“A gente quer uma resposta do governo. Até agora silenciou, não diz nem que sim e nem que não, porque não também é uma resposta. Ele poderia, chamar as entidades representativas e dizer que não tem condições e aí mostrar os números. Não só para nós, mas para a sociedade também”, declarou o presidente do sindicato.

Presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Roraima, Leandro Almeida. (Foto: Nilzete franco/FOLHABV)

Segundo o próprio presidente, o ato de reivindicação é uma prestação de contas com aqueles que o sindicato jurou representar. Segundo ele, há atualmente o silêncio do governo e a cobrança contínua dos sindicatos.

“Levamos essa informação para os servidores. Agora o que nós temos hoje é ausência total. E os servidores cobram das suas entidades, dos sindicatos e das associações. O que a gente tá fazendo aqui é dando uma satisfação a quem a gente representa, que são os servidores públicos”, narrou o presidente do sindicato dos Policiais Civis.

Nem todos os sindicatos aderiram a paralisação, como é o caso dos policiais Civis, que continuaram com o trabalho normalmente mas, prestigiaram dando apoio a classe de servidores.

“Estamos aqui participando, não deve ser 24 horas, para nós não é uma paralisação, a polícia está prestando o seu serviço normalmente”. Almeida complementou a fala explicando que futuramente há a “tendência de estabelecimento de um movimento gradativo”. Visto que os servidores não têm uma resposta por parte do governo.

“Já protocolamos o expediente aqui na casa civil, procuramos o governador, tivemos audiência pública na Assembleia Legislativa. Ou seja, não estamos aqui do nada, para chegarmos até aqui, inclusive num dia de chuva, com dificuldade, algo já foi feito antes de chegar até aqui, documentos, tentativas de reuniões e etc’, esclareceu Almeida.

Sobre uma resposta do governo em relação às reivindicações, o presidente afirmou que esperam de forma ímpar uma justificativa clara do porquê desse atraso na aprovação do reajuste.

“A resposta não é só a concessão da revisão. A resposta pode ser uma reunião, onde o governo pode mostrar pros servidores de forma técnica que não há condições e por que não há condições. No entanto, não é o que vemos. Pelo contrário, temos despesas sendo feitas com os setores não essenciais, além de secretarias não essenciais. Há gastos que entendemos que podem ser cortados e neste momento não está sendo feito”, finalizou Leandro Almeida.

A manifestação está prevista para durar 24 horas com uma paralização da maior parte desses trabalhadores durante esse período. A reportagem entrou em contato com o Governo do estado e aguarda retorno.

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