![Viatura da Polícia Civil na sede da Prefeitura de Alto Alegre (Foto: PCRR) Viatura da Polícia Civil na sede da Prefeitura de Alto Alegre (Foto: PCRR)](https://www.folhabv.com.br/wp-content/plugins/seox-image-magick/imagick_convert.php?width=904&height=508&format=.jpg&quality=91&imagick=uploads.folhabv.com.br/2024/04/Policia-na-prefeitura-de-Alto-Alegre-1024x576.jpg)
A Polícia Civil de Roraima explicou na tarde desta quinta-feira (11) que a Operação Plýsimo que mira a gestão do ex-prefeito de Alto Alegre, Pedro Henrique Machado, visa apurar o consumo atípico de R$ 2 milhões da Prefeitura em combustível nos meses de janeiro e fevereiro de 2024. O nome da investigação alude à palavra lavagem em grego.
Ao todo, a Justiça autorizou 14 mandados de busca e apreensão em Alto Alegre, Boa Vista, Mucajaí e ainda em São Paulo – os endereços incluem a casa do ex-prefeito, estabelecimentos comerciais e a sede do Poder Executivo. Houve ainda um mandado de prisão preventiva contra um empresário – que após não ser localizado pelos agentes, tornou-se foragido.
A corporação apreendeu em um posto de combustível e no gabinete da Prefeitura documentos, incluindo notas fiscais, processos, contratos, atas e extratos bancários. Em Boa Vista e Mucajaí, além de documentos, foram apreendidos notebooks, telefones celulares, uma carrocinha de veículo e uma carreta.
A investigação, acompanhada por Ministério Público de Roraima (MPRR) e Justiça, iniciou após a delegacia de Alto Alegre receber denúncia que indicava superfaturamento de combustível em posto contratado pela Prefeitura da cidade.
“O consumo de R$ 2 milhões de combustível no Município de Alto Alegre nos meses de janeiro e fevereiro deste ano é muito atípico daquilo que seja normal. Então, já temos um forte indício de que possa ter havido corrupção na Prefeitura de Alto Alegre, na gestão ainda do ex-prefeito”, pontuou o delegado Wesley Costa de Oliveira.
“O foco principal da operação foi a apreensão de documentos que corroboram com as suspeitas de transações fraudulentas, dando continuidade às investigações para identificar e punir os responsáveis pelos desvios de recursos públicos”, disse o delegado.
O ex-prefeito ainda não comentou publicamente a operação. Mas após ser um dos alvos da polícia, começou a circular nas redes sociais uma foto que mostra Pedro Henrique e três auxiliares segurando uma bandeira, cuja mensagem alega perseguição por um candidato rival do prefeito Valdenir Magrão (MDB), para o qual declarou apoio nas eleições suplementares de 28 de abril. Seria uma referência a Wagner Nunes, apoiado pelo grupo do governador Antonio Denarium (Progressistas).
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Pedro Henrique foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por distribuir 1 mil cestas básicas em 2020, ano eleitoral marcado pela pandemia da Covid-19. Por conta disso, 11.269 eleitores terão que escolher o novo prefeito para um mandato “tampão”, válido até 31 de dezembro de 2024.
Machado, que responde a um processo na Justiça Federal por fraude licitatória na Prefeitura, chegou a ser preso por envolvimento com o crime. Ele já disse que comprovaria sua inocência pelos ilícitos dos quais é acusado.