Economia

Refinaria reduz preço de revenda e gasolina é encontrada a R$ 5,98 em BV

Redução é a primeira desde a venda da privatização da refinaria de Manaus. Até o dia 6 de maio, valor nos postos era de R$ 6,09.

O bolso do motorista boa-vistense ganhou esta semana um alívio no preço da gasolina. Nesta terça-feira (9), a reportagem da FolhaBV encontrou o litro do combustível a R$ 5,98, em postos na zona Oeste.

A diminuição nos postos é a primeira registrada neste ano. Na refinaria, o combustível passou de R$ 3,02 no fim de abril, para R$ 2,91 em maio.

Posto de combustíveis no bairro Pricumã – Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV

Aumentos nos postos

Levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 17 postos de Boa Vista, mostram que os aumentos deste ano iniciaram em janeiro, quando o valor médio passou de R$ 5,32 em dezembro de 2022, para R$ 5,45.

A sequência de altas seguiu em fevereiro com o reajuste dos postos para R$ 5,54. Já em março, houve um salto de R$ 0,55, fazendo com que o litro da gasolina fosse vendido a R$ 6,09.

Em fevereiro deste ano, dados do Observatório Social do Petróleo (OSP) mostraram que a gasolina na Refinaria da Amazônia (Ream), em Manaus, estaria custando R$ 0,21 por litro a mais do que pela Petrobras. A diferença de 6,5% resultou no combustível mais caro do País.

Já em abril, levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL),  apontaram que Roraima era o estado com a gasolina mais cara da região Norte desde agosto do ano passado.

Entenda a privatização

A venda da refinaria foi finalizada em 30 de novembro do ano passado, ainda sob o governo Bolsonaro. A Petrobras recebeu 257,2 milhões de dólares pela operação, aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Um dia depois da finalização da venda, o grupo Atem anunciou o reajuste do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) após identificar defasagem de preço no Amazonas. Na prática, o gás de cozinha em Roraima passou a ficar 93 centavos por quilo mais caro.

A privatização virou alvo de questionamento na Justiça pelo Sindipetro (Sindicato dos Petroleiros do Estado do Amazonas), que alegou monopólio do combustível na região, tendo como consequência o aumento de preços. A venda também ignorou o pedido da equipe de transição do presidente Lula (PT).