Economia

Governo afirma ter alimentado mais de 11 mil indígenas em 3 anos 

Cestas básicas, plantações de larga escala, criação de aves , pecuária, o governo afirma ter investido na segurança alimentar indígena

O Governo de Roraima afirmou à Folha que está garantindo há mais de três anos, comida na mesa de mais de 11 mil pessoas que vivem em comunidades indígenas.

A segurança alimentar das comunidades vem sendo feita com a entrega de Cestas da Família, programa executado pela Setrabes (Secretaria de Trabalho e Bem-estar Social), que até o momento alcançou cerca de 50 mil famílias na Capital e no Interior, além das Comunidades Indígenas.

A cesta, elaborada com base nas orientações de um profissional de nutrição, vem com gêneros alimentícios propícios para uma alimentação balanceada, rica em vitaminas e minerais.

A Cesta da Família é composta por 46 itens entre eles: arroz. Feijão, café, macarrão, carne bovina em conserva, sardinha, leite em pó, farinha de trigo, flocão de milho, biscoitos, sucos, , sal, açúcar entre outros. 

Moradores falam de situação na pandemia

A moradora da comunidade Água Fria, no município do Uiramutã Juventina da Silva fala sobre as dificuldades que passou na pandemia.  “É doloroso ouvir os filhos pedindo comida, lembro com tristeza. E hoje estamos recebendo essa Cesta do governo, coisa que nunca tinha acontecido antes”, contou. 

Lucinéia Simão mora na comunidade Pedra Branca e também recebe a cesta desde o início da pandemia. “A gente agradece essa ajuda, pois ficou muito difícil, principalmente durante a pandemia. Tudo faltava”, lembrou.  

2000 mil hectares plantados em comunidades indígenas

Investir na agricultura indígena também é garantir comida na mesa das famílias. O programa de agricultura indígena tem mais de 1.800 hectares plantados no ano de 2022, com a colheita de 5 mil toneladas de milho e 1,1 mil de feijão, beneficiando mais de 100 comunidades indígenas. E para 2023, a perspectiva é aumentar o plantio de milho e feijão para 2.000 hectares e assim alcançará mais 2.250 famílias.

Além da distribuição das sementes, as comunidades recebem também adubos, calcário, tratores, caminhões, implementos, preparação da terra e colheita, tudo com investimentos feitos pelo governo do estado, abrangendo os municípios de Alto Alegre, Boa Vista, São João da Baliza, Cantá, Bonfim, Pacaraima, Normandia, Amajari e Uiramutã.

Renisson Miguel, tuxauá da comunidade Bom Futuro, no município de Uiramutã conta como a vida das famílias mudaram com o incentivo do governo. “Lá na nossa comunidade nós só sobrevivíamos pelo garimpo. E nossa roça era todo manual, pouca produção de banana e feijão. Mas quando o governador Antônio Denarium implantou o projeto de grãos de milho e feijão nossa realidade mudou. Hoje temos de onde tirar nosso sustento e ainda conseguimos vender nossa produção”. destacou. 

Na comunidade do Jabuti, no município do Bonfim as comunidades indígenas apostaram na produção do milho. “Tínhamos muita terra e nada plantado. Hoje a gente sabe cultivar o solo do lavrado, e vimos que a produção do milho deu certo. Temos como alimentar nosso povo e trazer desenvolvimento para dentro da nossa comunidade”, afirmou um dos líderes indígenas Fernando Jacó.

Peixe, gado e aves em comunidades indígenas

Em 2022 foram implantados 37 polos de produção de Piscicultura, o que garantiu renda extra e alimento a mesa de 370 famílias indígenas.  Para este ano serão implantados mais 100 novos polos, que resultará no alcance a mais 1000 famílias. 

No ano passado o governo implantou 145 polos de produção de aves, com isso mais de 1.450 famílias implementaram a renda. Para 2023 a expectativa é que seja implantado mais 200 novos polos e o número de beneficiados chegue a 2000.