A Unimed FAMA criticou a postura dos deputados estaduais durante reunião híbrida que foi realizada na última quarta-feira (31) pela Comissão de Defesa do Direito do Consumidor e Contribuinte da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). Os deputados alegaram que não obtiveram da empresa as respostas necessárias sobre a falta de atendimento a pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no estado.
A cooperativa alega em nota que apresentou, “de forma clara as soluções que estão sendo implementadas para ampliar o acesso às terapias por esses pacientes”, como a expansão da capacidade de atendimento do Centro de Desenvolvimento Infantil (CIDI) de 60 para 120 vagas para o dia 10 de junho; aditivação do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado junto à Prefeitura de Boa Vista e Ministério Público de Roraima e remanejamento de pacientes.
“É lamentável, no entanto, que na a sessão realizada junto à Assembleia Legislativa de Roraima, os deputados presentes tenham demonstrado um absoluto desconhecimento da complexidade do tema e das implicações envolvidas em outras esferas, utilizando o palanque público para desferir ofensas e insultos tanto ao próprio representante, que meramente exercia seu trabalho, quanto à Cooperativa, que atendeu de forma voluntária ao chamado da Comissão no interesse de erguer pontes e replicar o bem-sucedido diálogo que tem mantido com os demais órgãos públicos de Roraima”.
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A cooperativa alega ainda que a audiência foi convocada por outros motivos e não para tentar construir soluções para o problema enfrentado pela operadora e pelos beneficiários.
“Fica evidente, então, que o encontro teve menos o objetivo de estabelecer um canal de diálogo e apoio mútuo para construir soluções práticas aos problemas enfrentados tanto pelos beneficiários quanto pela operadora, e mais a intenção de explorar um tema bastante sensível e altamente complexo, especialmente na Região Norte do Brasil que, notoriamente, sofre com a escassez de profissionais e recursos”.
Falta de atendimento
Pais de crianças autistas realizaram uma série de manifestações desde o início do mês contra a cooperativa em razão da suspensão de atendimentos a crianças com o Transtorno do Espectro Autista, devido a falta de pagamento da Unimed às clínicas conveniadas. A falta de acompanhamento de profissionais prejudica as crianças com Autismo, Síndrome de Down e entre outros transtornos e deficiências.
No ano passado, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) chegou a ser firmado entre a empresa e o Ministério Público de Roraima e Secretaria Executiva de Defesa do Consumidor do Município de Boa Vista para garantir os pagamentos e manter os pagamentos, mas, de acordo com os pais, os pagamentos não são realizados desde março deste ano. O grupo estuda a possibilidade de entrar na Justiça Estadual para reclamar contra o descumprimento do TAC.
