FALANDO DE NEGÓCIOS

OS CONFLITOS ÉTICOS DAS 48 LEIS DO PODER; Pregue a necessidade de mudança, mas não mude muita coisa ao mesmo tempo

Mudar parece algo tão natural como a evolução dos nossos corpos. Pegando essa analogia vemos que não é bem assim. As pessoas crescem e amadurecem, certo? Errado. O ser humano é o único ser que antes de amadurecer pode pular um estágio e ir direto ao apodrecimento, isso mesmo, ele vai ao fim de tudo, mesmo sendo alertado. Isso serve para exemplificar a dificuldade que é implementar a cultura da evolução que nada mais é do que nos colocarmos como elementos participativos de uma mudança constante. Somos iguais a tecnologia; quem para no tempo vai ficar obsoleto e é isso que precisamos entender. Temos todo dia uma nova oportunidade de aprender e evoluir e acabar de uma vez por todas com os “Professores de Deus”, pois na vida nascemos sem saber nada e vamos morrer sem saber tudo.

Na lei de hoje vamos tratar de um dos mais complexos dilemas das nossas vidas, que é a MUDANÇA e ao mesmo tempo a nossa capacidade de se ADAPTAR a elas. O ser humano por natureza é resistente as mudanças, as olha como se fossem verdadeiros fantasmas a quere tirá-lo da sua eterna ZONA DE CONFORTO. Por outro lado, essa adaptabilidade tem que ser observada pelas resistências do ser a aceitar as mudanças, ou seja, qual a velocidade que estas pessoas estão preparadas para entender e implementar as mudanças. Caso esse equilíbrio não exista a resistência a mudança será o grande desafio e limitador de evolução.

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O que parece simples não é tão simples assim. Mostrar as pessoas que existem formas de alcançar resultados de forma menos sofrível é mais difícil do que imaginamos. Existem as pessoas que tem fórmulas de vida prontas; que somente sua forma de ver o mundo é a correta e o pior de tudo: esses professores de Deus insistem em querer empurrar, doutrinar e ser grosseiros defendendo a sua forma míope e ultrapassada de ver o mundo. Por isso no artigo de hoje temos que entender a mudança como a evolução natural oferecida pelo mundo a cada ser humano, caso contrário teremos um monte de remadores remando contra as marés do sucesso, da felicidade e do resultado. tudo isso por pura teimosia para não chamar de ignorância.

Veja o que diz a lei 45, do livro “As 48 leis do poder” de Robert Greene:

Lei 45: Pregue a necessidade de mudança, mas não mude muita coisa ao mesmo tempo: Teoricamente, todos sabem que é preciso mudar, mas na prática as pessoas são criaturas de hábitos. Muita inovação é algo traumático e conduz à rebeldia. Se você é novo numa posição de poder, ou alguém de fora tentando construir sua base de poder, mostre explicitamente que respeita a maneira antiga de fazer as coisas. Se a mudança é necessária, faça-a uma suave melhoria do passado.

A Lei 45 destaca a importância de comunicar a necessidade de mudança, mas também aconselha cautela ao implementar mudanças significativas de uma só vez, pois nem todo mundo está preparada para o novo.

Por natureza o ser humano sempre foi, e sempre será resistente às mudanças. Tudo que é novo assusta, mesmo que suas bases sejam explicadas e demonstrem a importância de adotar uma nova postura ou atitude. O grande problema está, que quando você muda algo, muitas coisas são expostas, como por exemplo: ao alcançar melhores resultados diminuindo a tensão sobre uma equipe, você poderá fragilizar a figura do atual líder, mas por outro lado, se esse líder perceber os ganhos dessa evolução, cairá sobre o seu colo a capacidade de mudar e de implementar inovações junto a sua equipe, passando a ter na figura do líder o grande orquestrador da evolução.

Mas temos que também ver o lado da RESISTÊNCIA, muito presente nas pessoas que alcançaram o sucesso de forma empírica e que acreditam que nada mais é necessário a eles, pois seus modelos (ultrapassados) sempre estarão atuais e funcionais. A esse perfil devemos dedicar total cuidado, pois eles merecem atenção, e seu convencimento é muito mais difícil. São eles que em um banquete querem economizar o cafezinho; são eles que num evento de sucesso, querem achar falhas ao invés de enaltecer o sucesso e a capacidade das pessoas de realizar; são eles que mudam vírgulas em um texto pensando estrategicamente para alcançar corações e emoções e não apenas a razão; são eles que querem transformar o seu jeito de ver o mundo na única fórmula possível. A esse perfil de comportamento a mudança é algo que não interessa e é vista como um sofrimento e uma afronta ao seu jeito de ver o mundo.

No meio desse dilema, o que fazer?

Explicar a necessidade de mudar não é fácil. Ao definirmos a mudança de endereço de nossa casa, por algum motivo, colocamos um milhão de variáveis emocionais e esquecemos da razão. Damos mais peso, por exemplo, ao vizinho simpático que mora na frente da nossa casa e deixamos de lado a nossa incapacidade financeira de manter um aluguel. Nas empresas, umas das tarefas mais difíceis é desligar um colaborador, mas quando analisamos os seus resultados sabemos que ela não está mais comprometida com os objetivos da empresa e ao invés de fazer essa avaliação simples e demiti-lo, vamos mais uma vez enveredarmos pelo campo das emoções; passamos a contar a quantidade de filhos, carnês e quantas vezes sentamos a mesa de bares para conversar.

É importante dizer que a mudança está no equilíbrio de razão e emoção. Sempre será mais difícil mudar as pessoas que se acostumaram com seus modelos mentais estáticos e fórmulas prontas de vida. Para as pessoas que vivem de forma mais analítica, sem querer dizer que elas “não têm coração”, essas pessoas conseguem mudar e fazer as outras mudarem pela capacidade de convencimento, sensibilização e apresentação de dados e informações. Mas, o mais importante de tudo isso é saber que cada um de nós temos que ter a consciência que a mudanças, como a morte, são as únicas certezas que temos, portanto quem as ignorá-las sempre será apanhado de surpresa.

Como regras básicas podemos citar que devemos preparar as pessoas para as mudanças, com isso quebrar as resistências naturais a elas; avaliar sempre a capacidade da equipe em se adaptar as mudanças necessárias e inadiáveis; não cometer o erro de querer fazer mudanças sem se comunicar com os envolvidos no processo, pois quanto menos souberem mais resistentes terão; faça uma definição de prioridades das mudanças para que não haja impacto e criação de ilhas de discordância; acompanhe e monitores os resultados da mudanças e por fim esteja pronto para redefinir os rumos da mudança. É importante destacar que até as mudanças passam por mudanças.

Crie a cultura da evolução e as mudanças serão sentidas e percebidas e as resistências diminuirão: A mudança é significado de evolução, mesmo sabendo que as criaturas são afeitas a hábitos e adoram morar na Zona de Conforto. Devemos buscar implantar a cultura da evolução e mostrar as pessoas que quando se para no tempo, você deixa de fazer parte do mundo real e vive a margem dele reclamando da vida e das pessoas. Faça as mudanças respeitando as limitações individuais, mas jamais deixe de fazê-las.

Por: Weber Negreiros

CEO da WN Treinamento, Consultoria e Planejamento

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