Opinião

Opiniao 25 09 2014 79

Eleições x construção da democracia – Robert Dagon (*) Aproximam-se as eleições de outubro de 2014 e, da mesma forma que a Copa do Mundo passou, fechar-se-ão os palcos da disputa “democrática e eleitoral”. A Copa passou e não deixou grandes alegrias e nem muitas tristezas: nossas vidas continuaram, com os “pegue-pagues” do Mundo, como dizia Raul Seixas. Terá chegado o momento de fazer o balanço de perdas e ganhos. Terá o Povo Brasileiro ganho ou perdido a batalha ou mesmo a luta? Teremos como vencedores os “candidatos” ou os eleitores? Terá sido legitimado o melhor projeto para os brasileiros? Velhas oligarquias terão mantido ou ampliado seus tentáculos? O solo brasileiro e esta importante parte do Planeta suportarão os sonhos e devaneios advindos do resultado eleitoral? Bem, assim como as “sobras” do período eleitoral foram geradas em tudo que fizemos desde que o Brasil é Brasil, teremos que refletir sobre o que faremos a partir dessa segunda-feira, 06 de outubro. Os que vivem do seu trabalho, maioria esmagadora em qualquer lugar do Mundo, precisam disputar o poder, precisam priorizar seus interesses coletivos acima de quaisquer outros, precisam fortalecer suas organizações de luta, precisam entender que, com ou sem eleições, devem realizar a construção da democracia (sem prescindir da disputa eleitoral e entendendo suas limitações). Assim, voltam a ser priorizadas as eleições nas instituições sindicais, nas associações de categorias, nos locais de trabalho, nas Comissões Internas de prevenção de acidentes, nos clubes esportivos, nas associações de moradores, nas eleições de dirigentes de escolas, de clubes e associações juvenis, em qualquer espaço que sirva para o crescimento da consciência coletiva. Mais que isso, é de extrema necessidade que coloquemos nas direções os companheiros mais combativos, os mais solidários, os mais honestos, os que melhor podem contribuir para que façamos do cotidiano o elo com o porvir que queremos. Somente com uma prática que alie o hoje e o amanhã, sob a luz do passado, experimentando, agora, o que sonhamos como objetivo, de maneira que os meios estejam consorciados com o pretendido fim, poderemos construir um Mundo Melhor. (*) Robert Dagon, bancário   (95) 9121-8268      [email protected]       robertdagon.webnode.com.br ———————————————————————————————————- Assim caminha a política nacional – Petrônio Souza Gonçalves E os políticos vão deixando pelas ruas de nosso imenso país o que trazem dentro deles mesmos. Pensam ser as cidades uma extensão de seus gabinetes e tomam conta das praças, das avenidas, das áreas públicas. Demonstram, antes de conquistar o poder, o respeito que têm aos cidadãos, ao homem comum das ruas, à família brasileira. E vão, por todos os cantos, engendrando em toda fresta, lançando proposta ao vento, impressos que vão ganhar a sarjeta da história. No Brasil todo é o mesmo cenário: a pátria invadida e tomada por uma falsa democracia, uma disfarçada ditadura de quem pode mais. Do outro lado, cercado e bombardeado pelo o que não existe, pelo que não se conhece, o eleitor fica a assistir, passivamente, o deplorável espetáculo, enquanto tudo fica mais feio, a face exposta de nossa pobre política brasileira. São quase todos candidatos não pelo que podem fazer, pelo que um mandato pode realizar. Mas pelo que podem ter, conquistar, usufruir e utilizar. São candidatos de si mesmos, dos mesmos grupos, dos interesses menores, piores, dos sentimentos privados. É um desejo descontrolado de se apropriar do público para uso bem pequeno, do tamanho da dignidade deles. Uma pena! Com os corações sujos, não lembram em nada a origem da política e da palavra candidato, que deriva de cândido; puro, limpo. Candidato vem do latim, candidatus, que em sua essência é candidus. Na antigüidade, aquele que era candidato a um cargo público, tinha que conquistar votos, se mostrar limpo para a sociedade, se revelar. Vestiam-se de branco e saiam pelas ruas falando de sua essência, seu ideal de vida, seus valores, suas crenças. Expunham-se, em contato direto com o eleitor. Havia um sentido de pensar a vida, uma vocação para servir, um sentimento limpo, direto, aberto, franco, sem maquiagem, sem falsas verdades. Hoje, guardados por Deus, os candidatos vivem em seus gabinetes, distante de tudo e de todos, contando e distribuindo o vil metal. Instituíram o cabo eleitoral, lideranças populares, como ligação direta e oficial com o eleitor. São, na verdade, os atravessadores de votos, que leiloam a esperança do povo e o futuro de nosso país. Contratados e pagos a peso de outro, os cabos eleitorais revelam como é primário o processo político brasileiro. De um lado está o povo. Do outro, os candidatos. E o que era para ser o espaço do debate, das ideias, das propostas, transformou-se em um lamentável big brother eleitoral, revelando como são medíocres os nossos atores, como são pequenos os seus propósitos. Não tem candidatura, mas sim a imposição de grupos políticos. Não tem propostas, mas sim uma coação ideológica. Não se fala do futuro, mas do passado, o que não será. Não votamos naquilo em que acreditamos, mas naquele que não queremos. Não votamos para a vitória, mas pela derrota. Infelizmente. Enquanto isso, milhões de panfletos e cartazes invadem as ruas de nosso Brasil, mostrando que nossa política é assim, um monte de papeis que vão e vem, para lá e para cá, ao sabor dos ventos.  Jornalista e escritor* ————————————————————————————————————– Habilite-se – Afonso Rodrigues de Oliveira “A habilidade para lidar com as pessoas é um produto pelo qual se paga como pelo açúcar ou pelo café. E eu pagarei mais por essa habilidade do que por outra qualquer debaixo do sol”. (Rockefeller) Os países desenvolvidos vêm lidando com esse problema desde a primeira década do século passado. E pelo que sabemos, não foi tão difícil assim, convencer os homens de negócios, da época, da necessidade do bom relacionamento entre atendente e atendido. O que realmente nos incomoda é que um século depois, continuamos, nos países subdesenvolvidos, encontrando dificuldades mil, para o entendimento dessa verdade nua e crua. Habilidades indispensáveis no mundo dos negócios ainda são vistas como superficialidade. E vem daí a dificuldade em entender que o relacionamento entre pessoas não está apenas no mundo dos negócios. Estamos vivendo num mundo onde o heroísmo já é coisa do passado. O que impera no mundo atual, para o bom desenvolvimento profissional, social e familiar é obom relacionamento. Onde não há bom relacionamento não há possibilidade de harmonia nem progresso. No comércio, na indústria ou onde quer que atuemos, não pode haver progresso se não houver um bom relacionamento entre empresa e família. E este é ofoco das relações humanas ainda pouco entendidas tanto por empresas quanto por famílias. Ainda não fomos capazes de entender nem perceber a importância do bom relacionamento humano entre os humanos. Pelo que vemos no exibicionismo em demonstrações de ações de animais irracionais em relação aos racionais, parece-me que aqueles estão tentando ensinar a estes, como devemos nos relacionar. Não pode haver um bom relacionamento sem respeito ao próximo e sem o alicerce que é a educação. As Relações Humanasno Trabalho e na Família são fundamentais para o progresso, tanto no trabalho quanto na família. E só quando entendermos isso, entenderemos que nunca seremos um povo civilizado nem entraremos para a classe superior, sem a educação. Sem educação nunca teremos um relacionamento humano de qualidade. E esta vem do berço. Mas nunca virá se não construirmos o berço. Construir o berço da educação consiste em uma formação familiar e social, dentro dos padrões da simplicidade racional. E estamos cada vez mais, jogando a simplicidade, que é o alicerce da sabedoria, para o balaio da incompetência. Comece a verificar isso nos pronunciamentos dos nossos políticos em todos os níveis nacionais. Está na hora de os empresários acordarem para a importância dos ensinamentos tão simplesquanto necessários para sairmos desse lamaçal terceiro-mundista. Pense nisso. [email protected]     9121-1460 —————————————————————————————————————— (((ESPAÇO DO LEITOR))) ABANDONADAS 1 “Moro em Boa Vista há um ano. Tenho três filhos pequenos. Sempre que posso, saio para passear com eles pelas praças da cidade. Porém, até hoje não consegui encontrar nenhuma delas em situação razoável de utilização”, denunciou um leitor, que pediu para não ser identificado. ABANDONADAS 2 Ainda segundo com o leitor, as praças são sujas, com brinquedos quebrados, com pontas de prego enferrujadas, pontas de aço enterradas pela areia, casinhas destelhadas, balanços quebrados ou a ponto de quebrar. O leitor disse que já visitou as praças dos bairros 31 de Março, Aparecida, dos Estados, Paraviana e no Parque Anauá. “Gostaria que a Prefeitura de Boa Vista consertasse as praças”, pediu. ÁGUA1 Os moradores do conjunto Cruviana, na zona Oeste de Boa Vista, denunciaram que estão há uma semana sofrendo com a falta de água. “A baixa pressão não deixa a água subir para os chuveiros, descargas e torneiras. Essa não é a primeira vez que enfrentamos este problema”, relatou a técnica de enfermagem Antônia Marleide. ÁGUA 2 Ainda segundo a moradora, o problema tem afetado todos os moradores do conjunto. “Quem tem torneira baixa consegue aparar água. Mas também dá para fazer somente o básico. Quem quiser lavar roupa tem que acordar de madrugada”, comentou. A Caer (Companhia de Água e Esgoto de Roraima) informou que está estudando a realização de uma manobra no sistema para minimizar os transtornos. ÁGUA 3 Porém, a falta de água não atinge somente os moradores do conjunto Cruviana. O usuário Friedman da Cunha Nascimento comentou na página da Folha no Facebook que no bairro Caimbé a situação é parecida. “Se fosse só no Cruviana. Aqui no Caimbé, às vezes passa o dia sem uma gota de água”, afirmou. MANIFESTAÇÃO Sobre a manifestação feita por alunos da escola estadual Raimunda Nonato, no bairro Santa Tereza, pedindo melhorias estruturais, o usuário Maycon Costa comentou na página da Folha no Facebook: “Vocês merecem essa humilhação porque só querem saber de porcaria e, além do mais, nem prestam atenção nas aulas”.