Opinião

Opiniao 04 10 2014 112

Quem? – Jaime Brasil Filho* No Brasil todo o poder emana do dinheiro, e é exercido em seu nome, por representantes eleitos pelo poder econômico. Será que há alguém que não acredita que a grande maioria dos eleitos em Roraima o fará comprando diretamente os votos da população? Alguém realmente acredita que essa determinação das autoridades eleitorais, às vésperas das eleições, de proibir saques acima de dez mil reais, fará cócegas naqueles que já sacaram milhões nos dias e meses passados? A compra de votos já começou há algumas semanas, Senhores. Até as portas sabem disso. As eleições estão decididas, a maioria dos mandatos servirá de balcão de negócios, de troca direta de votos e apoio por interesses, vantagens escusas e migalhas. A eleição está decidida: o povo perderá. Esse mesmo povo que é vítima de um sistema onde qualquer serviço público que ele necessite, com um mínimo de qualidade ou rapidez, depende dos favores de quem está no poder. O mesmo povo que se torna refém de sua própria dependência, que é sustentada com uma educação de péssima qualidade e com o abandono em todos os sentidos por parte do Estado. As raposas, chacais e hienas querem poder, muito poder, e sempre mais. O povo quer viver dignamente, mas pra isso tem que submeter ao poder dos animais oportunistas e carniceiros. Quem irá defender o Rio Branco da tentativa de matá-lo com uma hidrelétrica ridícula, que, se construída, produzirá pouquíssima energia a um preço humano e ambiental altíssimo? Quem dos eleitos, e que falam em desenvolver o turismo, promoverá a despoluição do Cauamé, e impedirá que a CAER jogue esgoto sem tratamento nos nossos mananciais? Quem salvará a Praia Grande do lodo que lá já se acumula na areia de lá, e que antes não existia? Quem impedirá que o pessoal do agronegócio pulverize com agrotóxicos o ar defronte ao centro de Boa Vista. O igarapé Mirandinha ainda dá manchete… E o Caxangá, que cruza bairros pobres, quem se importa com ele? Quem tomará alguma iniciativa para o extermínio dessa verdadeira praga que empesteia os Lavrados de Roraima, chamada acácia mangium? Quem combaterá a retirada ilegal de madeira em Roraima, que nas madrugadas vão destruindo as pontes de madeiras das vicinais com seus caminhões ironicamente chamados de “Romeu e Julieta”? Quem ainda não descobriu que não pode existir um povo saudável com um ambiente doente? Quem se importará com a saúde cultural do povo de Roraima? Quem irá além dos ventos passageiros dos “eventos” e terá uma política cultural planejada, democrática, plural e duradoura? Em falar em democracia… Quem acredita que o nosso sistema é democrático? O Estado de Roraima entrou em colapso econômico porque políticos nos endividaram sem nos consultar. Uma parte desse dinheiro, que poderia ter vindo via convênio, mas não veio, serviu para ampliar o sistema de esgotamento sanitário para jogá-lo nos nossos igarapés. A estação elevatória do Mirandinha é nova, mas segundo matéria da Folha de Boa Vista da semana passada, já foram gastos mais de um milhão de reais para a “melhoria” da estação, mas o esgoto continua caindo no Mirandinha. Quem votará nos políticos que fizeram tamanho desgoverno? Responda rápido: qual é a empresa que mais polui em Roraima? IPER na berlinda, Codesaima nem precisa falar, a CAER e seu lodo de decantação e esgoto, o Iteraima e os seus grilos. Quem se importa? Roraima está sendo destruída, em todos os sentidos. Humano, ambiental, econômico… Esse sistema eleitoral que está aí não nos representa, mas pode ser usado como instrumento de contradição do próprio sistema. Como dizia o velho Marx, os sistemas trazem em si os germes da sua própria destruição. Quem sabe um voto rebelde? Um voto contra o sistema? Será? A máquina que domina as vidas dos roraimenses parece ranger, falhar. Está parecendo a estação elevatória do Mirandinha. Mas, a chave do cofre está lá. Precisamos mudar radicalmente os rumos de Roraima. Esta nossa terra que era para ser um paraíso de sol, praias, águas, peixes, ar puro, de gente com educação formal de boa qualidade, com uma saúde pública exemplar, está se tronando apenas um grande lixão onde glutões e seus começais disputam o butim da carne que apodrece. Da vida que deveria ser usufruída, mas que é sacrificada nas mãos dessa gente aí. Tanta dor, sofrimento, ignorância e mortes produzidas por pessoas que fingem não ter culpa em nada. Tomam banho, rezam, almoçam, cumprimentam as pessoas ao redor… E fazem deste paraíso um inferno. Ainda temos salvação, mas, menos que antes. Os desmandos, a corrupção, o desamor só aumentam em Roraima. Neste final de semana todos temos um minúsculo canal para darmos uma resposta à realidade que estamos vivendo. Sempre disse que a consciência não se compra na mercearia, e que a consciência é, na maioria das vezes, submetida às circunstâncias materiais e subjetivas que nos cercam. Assim, não vote consciente, pois, talvez, a consciência, a razão, pode dizer que mais vale 100 reais no bolso do que nada. Portanto, vote com o coração, vote com amor ao mundo que nos cerca, vote com amor por Roraima. *Defensor Público ———————————————————- HISTÓRIA DAS ELEIÇÕES E DO VOTO NO BRASIL Parte IV – Paulo da Cruz Seabra* 1º de abril de 1964, muda a história, “um golpe de estado” da coalizão de militares e setores da elite política afastou o presidente João Goulart, debelando o perigo iminente de ingressarmos num maligno e nefasto regime comunista ditatorial, de consequências imprevisíveis, ou previsíveis. Para a felicidade geral da Nação, fomos salvos pela Revolução de 1964, escapamos de uma Ditadura Comunista e termos um “Fidel Castro II” no poder, sermos “cidadãos” dependentes, escravos e prisioneiros, “Brasil uma Cuba II”. O Ato Institucional nº 1 (AI-1), amplia os poderes do Executivo. Os comandantes do ato cassaram 167 cidadãos por dez anos nos seus direitos políticos e os ex-presidentes Jânio Quadros e João Goulart, o governador de Pernambuco, Miguel Arraes e o deputado federal Leonel Brizola; quarenta deputados federais perderam os mandatos; dezenas de oficiais das Forças Armadas passaram para a reserva. Os partidos são proibidos de funcionar, Congresso é fechado, eleições suspensas. O regime autoritário do período (1964-1985), criou sistema político singular: os presidentes-militares e os governadores eram referendados por eleições legislativas; o sistema pluripartidário foi extinto, mas dois partidos puderam ser organizados; parte dos cargos no Legislativo (senadores, deputados federais, deputados estaduais, vereadores e prefeitos) continuou a ser escolhida em eleições diretas. Castelo Branco, no poder até março de 1967, criadas as principais bases do “sistema representativo” do regime militar: extinção dos partidos da República de 1946 e criação de um sistema bipartidário; adoção de eleições indiretas para a escolha do presidente e dos governadores; nomeação dos prefeitos das capitais pelos governadores; introdução da sublegenda nas disputas para senadores e prefeitos; adoção de um novo Código Eleitoral; criação da primeira lei específica para regular a atividade dos partidos políticos. Castelo Branco e dois presidentes do ciclo militar foram referendados pelo Congresso: Costa e Silva e Garrastazu Médici. Os três últimos presidentes do regime militar, Ernesto Geisel, João Batista Figueiredo e Tancredo Neves, foram escolhidos não pelo Congresso Nacional, mas por Colégio Eleitoral composto de deputados federais, senadores e por delegados eleitos pelas Assembleias Legislativas dos estados. O bom desempenho da oposição nas eleições de 1965, “razão” do AI-2, 24 dias após o pleito: “Ficam extintos os atuais partidos políticos e cancelados os respectivos registros”. Pela segunda vez os partidos políticos foram arbitrariamente fechados no Brasil, a primeira, em 1937 na vigência do Estado Novo. Com novas regras, apenas duas legendas conseguiram o registro até 15 de março de 1966: Aliança Renovadora Nacional (ARENA), partido de apoio ao regime militar e Movimento Democrático Brasileiro (MDB), no papel de oposição. Emenda Constitucional, abril de 1977, instituiu eleições indiretas para o Senado nos anos em que fossem eleitos dois senadores no estado, um deles, “senador biônico”, seria eleito pelo Colégio Eleitoral.  Lei de dezembro de 1979, extinguiu sumariamente os dois partidos existentes.    Do registro provisório, cinco partidos obtiveram registro definitivo e concorreram nas eleições de 1982: Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), Partido Democrático Social (PDS), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Partido Democrático Trabalhista(PDT) e Partido dos Trabalhadores (PT). Exceção do PDS, organizado pelos dirigentes da extinta ARENA, os outros partidos contavam, entre seus fundadores, com expressiva participação de políticos cujos direitos políticos haviam sido cassados e outros de volta do exílio. Observe-se que, tanto no começo, de abril de 1964 a novembro de 1965, quanto no fim, de janeiro de 1980 a março de 1985, o regime militar conviveu com sistemas pluripartidários. Direito de voto – durante a “Ditadura Militar”, foram mantidos os critérios definidos na Constituição de 1946, à exceção dos analfabetos que não soubessem se exprimir em língua nacional, dos que estivessem privados dos direitos políticos e de determinados grupos da corporação militar. O novo Código Eleitoral, de julho de 1965, introduziu sanções mais severas para quem não comparecesse às urnas: multa entre 5% e 20% do salário mínimo; os faltosos que não justificassem a ausência perante a Justiça não poderiam: inscrever-se em concursos nem receber salários (caso de funcionários públicos ou de estatais); obter empréstimos bancários; renovar matrícula em estabelecimento de ensino; obter passaporte ou carteira de identidade. O eleitorado brasileiro cresceu de maneira muito acentuada nesse período de exceção, devido à ampliação da obrigatoriedade de alistamento para todas as mulheres e a introdução de um número maior de sanções para os eleitores faltosos. No Processo de Votação e Fraudes: muito semelhante ao do fim do regime de 1946; nas eleições de 1982, única na história, obrigaram o voto em candidatos de um único partido, para todos os cargos em disputa, Executivo e Legislativo, “voto vinculado”. Das Fraudes, em linhas gerais, os tipos ocorridos nas eleições do regime militar foram iguais aos já utilizados no Brasil desde os anos 1950. Durante o Regime Militar (1964-1985), como “Ditadura” que foi, o Voto Obrigatório ou Voto Escravo foi mantido. Ten Cel Exército/ Arma Engenharia/Ref/Engº Cartógrafo*  —————————————————————————      Quem não tem competência não se estabelece – Por Claiton Fernandez O mercado está à procura de profissionais que saibam usar suas habilidades e competência em prol do crescimento e de novos resultados da organização. O mundo dos negócios é imponente: não adianta ter carisma, conhecimento, diplomas e mais diplomas, se o profissional não tem a capacidade de colocar em prática tudo aquilo que aprendeu. Atualmente, a máxima “quem não tem competência não se estabelece” é cada vez mais próxima da realidade. O advento da tecnologia da informação e o crescimento assustador da concorrência, fizeram com que os profissionais passassem a se desenvolver e buscar o aprimoramento cada vez mais. É de suma importância que o profissional produtivo e gerador de resultados, coloque à disposição da organização em que atua seu conhecimento e todo poder de ação, agindo sempre com o intuito de vencer os desafios estabelecidos. É preciso compreender, também, que hoje em dia as organizações necessitam de pessoas que estejam aptas a usar suas habilidades em diferentes áreas. O profissional competente é aquele que não recusa desafios e sabe encarar de frente as mudanças iminentes. Entender as profundas mudanças pelas quais passa o mundo dos negócios e o mercado de trabalho é fundamental para a sustentabilidade e o crescimento profissional. Abocanhar as melhores oportunidades que se apresentam exige significativas doses de coragem, disciplina, visão de mercado e tomadas de decisões inteligentes. Agindo dessa maneira, o futuro de todo o profissional poderá ser promissor, aliado à busca incessante do desenvolvimento de habilidades e competências. Uma pessoa tem mais condições de se estabelecer naquilo que deseja empreender, se for capaz de mobilizar seus conhecimentos para agir diante das inúmeras situações que se apresentarem na sua área de atuação. É necessário estar preparada para dar informações e respostas ágeis sobre os mais diversos temas do seu ambiente interno ou externo. Neste mundo competitivo dos negócios, a realidade exige cada vez mais dos seus atores, pois os processos mudam rapidamente, a tecnologia fica obsoleta e a globalização é cada vez mais compartilhada e comoditizada. Afinal, se hoje existe um grande parâmetro para se avaliar a capacidade e a obtenção de resultados satisfatórios, em qualquer ramo de atividade, este é reconhecidamente chamado de competência. * Autor dos livros “Caminhos de um Vencedor” e “Da Costela de Adão à Administradora Eficaz”. Site: www.claitonfernandez.com.br . Doutorando e mestre em Administração, MBA com ênfase em Gestão Empresarial, pós-graduado em Administração de Recursos Humanos e especialista em Business and Management for International Professionals pela UCI/Califórnia/EUA. —————————————————————————- Como ser feliz – Afonso Rodrigues de Oliveira “A ação nem sempre traz felicidade, mas não há felicidade sem ação.” (Benjamin Disraeli) Como ser feliz é uma questão de decisão. E não há decisão sem ação. Então aja. Você é a única pessoa no mundo, capaz de fazer você se sentir feliz. Quando olhamos no espelho do nosso interior somos capazes de escolher entre ser feliz ou infeliz. Faça esse exercício: quando estiver se sentindo infeliz pergunte-se oque está provocando sua infelicidade. Seja sincera com você mesma e descobrirá que você é o único responsável pela sua infelicidade. Talvez você esteja se deixando levar por acontecimentos que não lhe dizem respeito. Quando nos sentimos em baixa com problemas dos outros é porque não estamos nos dando o valor que temos. E isso não quer dizer que devemos deixar pra lá os problemas alheios. Não é nada disso. O que você não deve é se envolver com eles. A solidariedade é um sentimento que você deve demonstrar com maturidade. Quase sempre um sorriso modesto, mas sincero, pode acariciar mais do que um abraço vestido de sentimentalismo. Você gosta da sexta-feira? Eu a adoro. Às vezes me dá vontade de pegar uma vara comprida e empurrar o sol para o horizonte, para o sábado chegar mais cedo. Desde que cheguei aqui, ao computador e comecei a digitar, já olhei parao horizonte um zilhão de vezes para ver se o sol está mesmo descendo. Você nunca fez isso? Aposto que já. Sabia que isso faz com que você se sinta feliz? De certa forma você está ansiando pela felicidade do sábado preguiçoso. Preguiçoso que nem sempre é preguiçoso. Mas é sábado e este deve ser vivido intensamente em preparativos, mesmo que fúteis, para o divertimento que eleva nosso alto astral. Procure viver a vida intensamente. Nas primeiras décadas do século passado havia uma propaganda de uma cerveja que dizia: “Deguste com parcimônia”. O que você sentiria se visse tal propaganda no rótulo de uma cerveja, hoje? Mas você nem dá importância quando lê: “Beba com moderação”. A frase é a mesma, só mudou a maneira de dizer, de acordo com a época em que vivemos. A vida é assim, filha. As coisas mudam, de acordo com a época em que vivemos. E é precisamente por isso que devemos viver cada minuto de nossa vida como ela deve ser vivida. Porque é assim que somos felizes. Não perdendo tempo nem jogando fora os momentos de felicidade. Mas só somos felizes quando nos amamos. E sei que você se ama. Logo, não sei por que você me pareceu sisuda. Nada justifica esse bico. A felicidade está dentro de você. Desfrute-a. você a merece. Faça por você o que ninguém mais tem competência pra fazer. Pense nisso. afonso_rr@hotmail,com     9121-1460 —————————————————————————- ((ESPAÇO DO LEITOR))) APLICATIVO “O ruim é que se funcionar mesmo como estão dizendo, os criminosos também vão usar a informação para se dar bem”, afirmou o internauta Fernando sobre o aplicativo do Ronda no Bairro que mostra o número do telefone da viatura do Ronda no Bairro da área. SEM PAGAMENTO “Gostaria de denunciar que os professores que ministram aula pelo Pronatec no campus Boa Vista do IFRR [Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima] estão há dois meses sem receber o pagamento. Quando procuramos a coordenação apenas nos informam que não há previsão de pagamento. Isto é uma falta de respeito, visto que continuamos a trabalhar porque precisamos”, denunciou uma leitora, que pediu para não ser identificada. MUDANÇA Sobre a saída do secretário de Súde, Alysson Lins, e a entrada do adjunto, Douglas Teixeira, após investigação do TCE-RR (Tribunal de Contas do Estado de Roraima) por superfaturamento na compra de remédios, o internauta Sérgio Pereira comentou: “Cadê o supergovernador que desafia tudo e a todos?”, questionou. ARCO-ÍRIS Um leitor, que pediu para não ser identificado, relatou como está sendo feita a reforma da escola Municipal Arco-Íris, no bairro Caçari. “Estão só maquiando esta reforma. Estão só pintando o telhado, que deveria ser trocado porque está todo quebrado. Estão só lixando e pintando as portas”, afirmou, dizendo ainda que o valor total da obra não condiz com o serviço que está sendo feito. WHATSAPP “Eu também recebi material de campanha do Anchieta pelo Whatsapp. Bloqueei, já que era a única opção para não ser incomodado. Mas há outros candidatos usando o mesmo artifício. Recebi material de campanha do candidato a deputado federal Hermes, de um número internacional”, afirmou o internauta Leo Cruz. ATENDIMENTO “Entrei na Policlínica Cosme e Silva passando mal. Fui diagnosticado com rinite alérgica e fui medicado. Depois de ser atendido, ainda iria trabalhar, então pedi um atestado. Porém, o médico que me atendeu disse que me daria apenas uma declaração. Questionei o médico explicando que declaração não abona falta. Ele me respondeu que ‘por ordens, não iria dar o atestado’”, reclamou um leitor, que pediu para não ser identificado.