Opinião

Opiniao 30 08 2018 6826

PLANO O leitor Paulinho comentou a notícia ‘Substituta de líder de facção é presa’. “Não vejo um candidato com um plano concreto para combater o crime organizado. Só falam em comprar colete e arma. No Rio de Janeiro deram fuzis a PM e não resolveu, só aumentaram as mortes por confrontos. Queremos um plano concreto contra o crime organizado. Chega de enxugar gelo”, alertou.

MANIFESTAR Sobre a notícia ‘Candidatos ao Governo não concordam com decreto de Temer’, o leitor Walter Ferreira comentou: “Como é que é? O candidato Antônio Denarium somente irá se manifestar após o decreto ser publicado no D.O.U? Isso é típico de político quando é acusado de corrupção: “somente vou me manifestar quando for intimado ou ter acesso ao processo”. Tá com medo de quê, senhor candidato?”.

PERMISSÃO O leitor identificado apenas por Josy comentou a notícia ‘Temer diz que governo pode limitar entrada de venezuelanos em Roraima’. “Que cem ou duzentas por dia! Tem que ser para ganhar tempo e tentar a organização das cidades de Roraima. Permitir a entrada somente de uns 2.000 a cada três meses, isso sim! Isto levando em conta que continuará a redistribuição destas pessoas para outros estados, óbvio! Senão continuará seis por meia dúzia”, disse.

ADIADO Já o leitor identificado apenas por Marcus comentou a notícia ‘Data de aplicação das provas é adiada para 23 de setembro’. “O erro foi que escolheram uma banca sem prestígio em que outros concursos realizados por ela estão suspensos, deixa a desejar e perde a credibilidade tanto a banca quanto a ALE-RR. Podendo ter escolhido outras bancas renomadas ou até mesmo a Uerr. O candidato se prepara pra prova e, por culpa deles, temos que refazer a prova. Estudamos mais ainda e chega na data que era pra ser a prova, adia novamente e fico pensando nos candidatos dos outros estados que gastam com passagens, etc”.

Bloqueio na escrita acadêmica?

Wellington Anselmo Martins*

A seguir, algumas dicas e empurrões. Não espere pela inspiração! Você está escrevendo uma Monografia e não poemas vanguardistas para vencer o próximo Nobel de Literatura. Ok? Escrita acadêmica é trabalho! Só isso. Por isso, lute contra a preguiça e procrastinação. Comece a escrever já! Agora! Jamais espere “estar bem no corpo e na alma” para começar a digitar… Não deixe para depois, para “quando eu tiver uma ideia original”. Não seja perfeccionista! O idealismo costuma ser sabotador! Mais vale um capítulo de artigo já rascunhado na mão do que uma nova tese de doutorado inteira nos seus sonhos. 

E não romantize a ciência do Brasil. Jamais. Poucas pessoas irão ler o seu trabalho acadêmico. (Na verdade, poucas pessoas no Brasil sabem ler de verdade…). Isso é fato. Pouquíssimas. Nem a sua mãe vai querer ler a sua dissertação de mestrado… Mas há uma certeza, olha: o seu orientador, sim, este lerá o seu texto! Por isso, quando escrever, pense no seu orientador. Dê preferência para ter um retrato dele logo acima do seu computador. Isso vai ajudar na sua “inspiração”. 

Claro, de novo: não romantize a ciência no Brasil. Pois o seu orientador também é alguém muito ferrado. Ou seja, ele, sim, até que lerá o seu trabalho! Mas não é que vai ler mesmo, entende?! Por isso, não fique triste por nem o seu orientador notar aquela metáfora “genial” que você usou no seu texto. Ou aquele exemplo “inovador” que você criou. Se você ficar muito carente e tiver demasiada certeza de que algum argumento seu merece ser conhecido, apresente-o em comunicações acadêmicas. No Brasil, as pessoas têm mais facilidade para ouvir do que para ler (porque elas não sabem ler, lembra?). Às vezes, é incrível, mas até doutores são assim.

E lá vai uma última dica, esta que contraria tudo o que é conselho comum: você pode continuar usando o Facebook e a Netflix enquanto escreve a mais sofisticada redação acadêmica! Pois não é a internet que atrapalha a escrita, é a preguiça! É a enrolação pra começar! E, claro, o idealismo! Enfim, pode deixar o Facebook aberto enquanto estiver escrevendo. Pois é mais produtivo escrever picadinho, de pouco em pouco, a cada 20 ou 30 minutos, e fazendo pausas para o café e redes sociais, do que ficar esperando aquele dia mágico em que você irá sentar na frente do seu pergaminho sagrado, durante um retiro longínquo com os monges beneditinos, e desenhará com penas, ininterruptamente por toda uma semana seguida, de um único fôlego, os novos princípios da pós-Física Quântica, que alargarão o estado da arte da condição humana deste terceiro milênio inteiro… Não. Poxa, é mais simples que isso: apenas sente a bunda na cadeira, agora e escreva! Só escreva! — Seja lá o que você escrever, mais tarde o seu orientador dirá que está tudo meio ruim mesmo.

*Graduado em Filosofia (USC) e Mestre em Comunicação (Unesp)

Roraima no triste ranking da violência no Brasil   Flamarion Portela*   O Monitor da Violência, levantamento feito numa parceria do portal de notícias G1 em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da USP (Universidade de São Paulo) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontou que nos seis primeiros meses de 2018, Roraima foi o estado com o maior número de homicídios violentos.

O levantamento leva em conta os homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, que, juntos, compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.

Considerando esses quesitos, Roraima teve uma taxa de 27,7 mortes violentas para cada 100 mil habitantes, de janeiro a junho. Para que o leitor tenha uma ideia do que isso significa, nosso Estado ficou à frente do Rio de Janeiro, que há anos vive um clima de verdadeira guerra civil por conta da briga entre facções criminosas, traficantes e as forças de segurança.

Estamos à frente também de estados onde nos últimos anos tem crescido os índices de violência devido a ação de indivíduos e grupos que tentam se impor pela violência, como tem ocorrido no Ceará e Rio Grande do Norte, palco de grandes rebeliões em presídios.

Esses dados são reflexo de décadas de falta de investimento no nosso Sistema Prisional, mas também podem ser atribuídos à recente crise migratória que afeta o Estado, fragilizando as instituições políticas locais e ampliando a sensação de vulnerabilidade na população.

Nos últimos anos, cresceram significativamente os índices de violência em Roraima praticados por estrangeiros, sobretudo venezuelanos. Os dados da

Polícia Militar apontam um crescimento de mais de 130% nesse tipo de crime de 2015 para cá. Fundada em 1989, a PAMC (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo) nunca havia passado por uma reforma significativa para melhorar e atualizar a estrutura da unidade. Enquanto isso, o número de apenados veio só aumentando, a estrutura ficando deficiente, equipamentos obsoletos e até mesmo falta de profissionais para atuar. Passaram-se vários governos e apenas agora está se tendo um olhar mais atento para esse problema.

Atualmente, como recursos do Departamento Penitenciário Nacional, o Governo do Estado está fazendo grandes investimentos em nosso Sistema Prisional como a reforma da PAMC, a construção de um presídio de segurança máxima, reforma da Cadeia Pública de Boa Vista e conclusão do presídio de Rorainópolis. Somando-se a isso a compra de equipamentos e veículos para as forças policiais e a realização de concurso para as polícias Militar e Civil, espera-se que com essas medidas esses números possam cair significativamente nos próximos anos, tirando nosso querido Estado desse degradante mapa da violência.   *Presidente do Iteraima e ex-governador de Roraima

NESSAS HORAS VALE TUDO (PRA ELES)

Ranior Almeida*

Impressionante como “eles” pulam do barco quando o “bicho pega” eles deixam qualq
uer ideologia pra trás e mudam de lado. Sabe de quem me refiro? Isso é deles mesmo os protagonistas que se perpetuam em mandatos quase que infinitos para praticarem a velha política.

Nessa semana foi à vez do líder do governo no senado, deixar o posto de líder que ocupou por bastante tempo e com pelo menos quatro presidentes da República diferentes. Vice-líder do “governo FHC” (1994), Líder dos governos “Lula (2006) e Dilma (até 2012)” e era líder de governo do atual presidente. Deixa o cargo por puro oportunismo político, para distanciar do desgaste enfrentado pelo Presidente Temer. Lembra da proposta “brilhante” do aluguel solidário? Quem propôs na época disse o seguinte: “Vamos tratar com todo o carinho essas pessoas [venezuelanos] que estão nas ruas. Independente se for 30 ou 40 mil pessoas [com o Bolsa Aluguel]”.

Essa fala acima faz pouco mais de um ano. Devo salientar que devido à rejeição popular voltaram atrás com esta medida do “aluguel solidário”. Esse afastamento se dar por conta também do alto índice de incredulidade com o atual governo e está em jogo a reeleição e o próprio foro privilegiado inerente ao cargo de senador.

E após um ano e com o agravamento da crise migratória, o investigado na Lava Jato fala em fechamento da fronteira temporariamente: “Em meio às discussões, o senador Romero Jucá (MDB-RR), líder do governo no Senado, foi ao Palácio do Planalto nesta segunda propor ao presidente o fechamento temporário da fronteira de Roraima com a Venezuela, especialmente em Pacaraima” (https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/08/apos-pedido-de-rr-governo-federal-diz-que-fechar-fronteira-e-impensavel.shtml).

Assim como, o mencionado e vários de seus colegas de sigla, não querem nem de brincadeira ouvir falar no candidato de Temer, Henrique Meirellesem seus palanques, é o caso de Roseana Sarney (MDB), candidata ao governo do Maranhão, Eunício Oliveira (MDB), que disputa a reeleição ao senado no Ceará, e Renan Calheiros (MDB), que também disputa a reeleição ao senado em Alagoas.

Tem aqueles que dirão, “ah, mas ele é um dos poucos que traz recursos pra RR”, já chega afinal cuidar da coisa pública não é profissão, pra ficarem lá (no Congresso) até se aposentar. 

*Sociólogo – CRP 040/RR. E-mail:[email protected]           

Modernos anacrônicos 

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Em nosso mundo moderno, simplesmente não alcançaremos sucesso ou felicidade se não levarmos em consideração as outras pessoas.” (LesGiblin)

Infelizmente ainda nos inclinamos aos pensamentos jurássicos. Ainda nos consideramos superiores ao nosso vizinho porque temos um carro e ele não. Ainda consideramos sucesso os bens materiais que acumulamos. Ainda não aprendemos a viver a racionalidade orientada pela Cultura Racional, por exemplo. Mas inda há um zilhão de outros exemplos. Nossa evolução está na evolução dos nossos pensamentos. Então vamos começar a pensar como seres de origem racional. Porque foi do mundo racional que viemos. E viemos por conta própria, por livre arbítrio. E foi por isso que ficamos aqui, neste universo ainda hoje, em formação. 

Estamos aqui, sobre esta Terra ainda em formação, há exatamente vinte e uma eternidades. É tempo pra dedéu. Mas ainda não aprendemos a viver. Ainda vivemos como meros seres humanos, considerados como animais racionais. E nem nos atentamos que os animais considerados irracionais, são da mesma origem que nós somos. Eles estão num processo de evolução igual ao nosso. Cada um na sua. Se você prestar mais atenção ao seu cachorro, você vai aprender com ele. Mas, nada de exagero na convivência com ele.

O processo é o mesmo com as outras pessoas. O que indica que somos todos iguais nas diferenças. E como sua convivência vai ser com seu vizinho, seu colega de trabalho e todos os que vivem em sociedade, curta as amizades. E o respeito é fundamental para o crescimento na evolução. Não podemos ficar considerando o valor das pessoas pela cor da sua pele ou pela sua condição social. Nunca iremos evoluir nem termos sucesso, enquanto não respeitarmos o valor das outras pessoas. Elas não são inferiores a você, nem você a elas. E se estiver encontrando dificuldade em manter esse respeito, sem familiaridade, atente-se para o Emerson: “Você é tão pobre ou tão rico quanto o seu vizinho; senão não seria vizinho dele.”

Evite a familiaridade, mas sem menosprezo. Nunca deixe de cumprimentar as pessoas por considerá-las inferiores a você. O que importa é que cada um fique, e permaneça, na sua posição social. Ela faz parte da evolução. As veredas da vida são longas e largas. Os obstáculos existem e fazem parte do nosso aprimoramento no crescimento. O importante é que não nos rendamos a eles. Porque é assim que crescemos e evoluímos racionalmente. Há sempre alguma coisa em alguém, que mereça nossa atenção e o nosso elogio. Mesmo que este seja silencioso, mas sincero. A sinceridade faz parte do crescimento.  Pense nisso.

*Articulista [email protected] 99121-1460