AMAZONTECH 2025

Dia de campo com a Embrapa explora cultura de açaí, café e criação de ovinos de raça

Visitantes estiveram no campo na manha desta sexta-feira (5) - Foto: Nilzete Franco/Folha BV
Visitantes estiveram no campo na manha desta sexta-feira (5) - Foto: Nilzete Franco/Folha BV

Na manhã desta sexta-feira (5), no segundo dia de AmazonTech 2025, cerca de 20 visitantes estiveram no Dia de Campo promovido pela Embrapa Roraima, que apresentou diferentes campos de pesquisas nas áreas de cultivo de café, açaí, criação de ovelhas da raça barriga negra e pastagem.

A experiência foi uma espécie de circuito onde cada pesquisador apresentou um pouco do trabalho realizado pela instituição nos últimos anos em cada área apresentada.

O doutor Roberto Dantas falou sobre a pesquisa em andamento no campo, que busca definir a quantidade ideal de água e nitrogênio para o cultivo do açaí em solos do cerrado, considerados naturalmente pobres em nutrientes. O estudo está na fase de manejo e deve apresentar os primeiros resultados produtivos em cerca de três anos.

“Estamos avaliando a quantidade de água e de nitrogênio aplicada nas lavouras de açaí, para melhorar o desenvolvimento da cultura em solos do cerrado, que são muito pobres”, explicou o pesquisador.

Já em relação ao café, a pesquisadora Cássia Pedrozo disse que o projeto está na fase inicial de desenvolvimento das plantas, implantadas há apenas oito meses, mas já apresenta diferenças de crescimento entre os 51 clones testados. “Tudo em relação ao café é novo para o estado, por isso cada dado coletado é importante para que no futuro possamos ter um sistema de produção completo”, destacou Cássia.

Ovinos “barriga negra”

O núcleo de conservação de ovinos da Embrapa em Roraima mantém a raça Barbados Barriga Negra, originária da ilha de Barbados e única no Brasil. Rústicos e adaptados ao clima local, esses animais sobrevivem com poucos cuidados e apresentam alta prolificidade, já que cerca de 50% das ovelhas têm partos duplos.

Funcionando desde 1982, o núcleo avalia características genéticas e reprodutivas, destinando os ovinos para reprodução ou consumo conforme o desempenho. “É um animal bastante rústico, que não precisa de muitos cuidados. Às vezes passamos dois, três anos sem fazer vermifugação ou vacinação, e eles sobrevivem nessas condições. Além disso, metade das ovelhas dá parto duplo, enquanto a maioria das raças tem parto simples. Isso faz com que a proliferação seja muito mais rápida”, explicou o pesquisador Ramayana Braga.

Pastagem

A pastagem ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) também foi um dos tópicos explorados durante o evento. Newton Lucena, responsável pela pesquisa da área,os visitantes puderam conhecer os trabalhos desenvolvidos pela Embrapa com forrageiras, especialmente coleções de braquiárias e pânicos. “Mostramos gramíneas de baixo porte e com folhas mais nutritivas, que facilitam o consumo e diminuem a necessidade de concentrados, além de já existirem cultivares recomendadas e adotadas pelos produtores locais”, explicou o pesquisador

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