Participaram representantes sindicais dos servidores públicos do Estado, Polícia Civil, Polícia Penal, enfermagem, Polícia Militar, técnicos e administrativos da UERR e trabalhadores da saúde. Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV
Participaram representantes sindicais dos servidores públicos do Estado, Polícia Civil, Polícia Penal, enfermagem, Polícia Militar, técnicos e administrativos da UERR e trabalhadores da saúde. Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV

Entidades que representam servidores do Poder Executivo anunciaram nessa quarta-feira (11), em coletiva de impensa, a intensificação do movimento por recomposição salarial. A paralisação está marcada para o próximo dia 17, em frente ao Palácio Senador Hélio Campos, a partir das 7h30.

Além da mobilização, o grupo também discute lançar uma candidatura ao Senado. O movimento é visto como resposta política à necessidade de representação majoritária da classe.

“Todos os anos, infelizmente, nós, os servidores do Poder Executivo, estamos ficando para trás. Enquanto os servidores de outros poderes já têm garantida a sua reposição salarial, nós seguimos com o pires na mão, esperando um posicionamento do Governo do Estado”, criticou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Roraima (Sindipol), Leandro Almeida.

Leandro Almeida, presidente do Sindipol. Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV

A pauta central da categoria é a Revisão Geral Anual (RGA), prevista na Constituição Federal e regulamentada pela Lei Complementar nº 769/2010, de Roraima. De acordo com os sindicatos, a defasagem salarial acumulada desde o início da gestão de Denarium já chega a 16,47%.

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“Nós já fizemos audiência pública, já encaminhamos minuta ao governador, mas até agora ele não deu nenhuma resposta. Queremos apenas o que é nosso por direito. A revisão é garantida em lei”, afirmou Francisco Figueira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo (Sintraima).

Após a articulação política entre as entidades também foi definido uma coalizão com 22 sindicatos e associações – que reúne segmentos da saúde, educação, segurança, setor técnico-administrativo e forças policiais. Segundo os presidentes, o objetivo dessa frente sindical é unificar as ações, fortalecer a pauta da RGA e ampliar a pressão sobre o governo.

Francisco Figueira, presidente do Sintraima. Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV

Candidatura ao Senado

Durante a coletiva, os dirigentes também sinalizaram que a insatisfação resultou em uma articulação política para o pleito de 2026. A candidatura própria ao Senado é uma das alternativas, mesmo sem nome definido para o pleito.

Macely Carvalho, presidente do Sintras. Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV

“É bom lembrar que essa ação, de todos os sindicatos, é uma ação que [mostra que] a gente já está cansado. Todo ano a gente bate na porta para pedir um direito nosso e a gente teve essa ideia justamente porque a gente já está cansado de toda coisa que a gente for pedir. A nossa revisão geral, aliás, não era nem para a gente pedir, é o direito. A gente não tem aquele abraço do Governador, das lideranças do Governador, para que isso realmente se execute. Então, nós pensamos no candidato para disputar o Senado, justamente para nos defender nessa parte”, explicou Macely Carvalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de saúde de Roraima (Sintras).