Política

Senadora diz que bancada vai se mobilizar para que processo de enquadramento não seja suspenso

Em entrevista ao programa Agenda da Semana

Em entrevista ao programa Agenda da Semana, na Rádio Folha AM 1020, no domingo, dia 1º, a senadora Ângela Portela (PDT) afirmou que a Medida Provisória (MP) 817, que garante o enquadramento na União dos servidores dos ex-territórios federais de Roraima e Amapá, deve ser apreciada pelo congresso nos próximos meses. O prazo máximo para que ela possa se tornar lei e entrar em vigor é dia 7 de julho.

“Vamos fazer de tudo para que antes do prazo máximo possamos apreciar e votar a matéria, para que até o dia 7 de julho os servidores dos ex-territórios estejam enquadrados e com seus contracheques federais em mãos”, declarou.

Após a divulgação do relatório da MP em rede social do relator da matéria, o senador Romero Jucá (MDB), o senador Telmário Mota (PTB) encaminhou um ofício ao Ministério do Planejamento, questionando a divulgação de lista de ex-servidores de Roraima que seriam enquadrados na União, por parte do senador Romero, que teve acesso, em primeira mão, a uma lista de pessoas que seriam enquadradas antes da divulgação nos meios oficiais do Governo Federal.

EMENDAS – Após análise do relatório publicado em rede social do senador Romero Jucá, Ângela afirmou que das 14 emendas que apresentou a MP 817, algumas foram mantidas. Entre elas a mudança de nível auxiliar para intermediário dos cargos de agente de portaria, auxiliar operacional de serviços gerais, motoristas, telefonistas e vigilantes. Com essa mudança, o salário da categoria passa de R$ 2.900,00 para R$ 4.040,00.

Outra emenda aprovada pelo relator foi a que beneficia os servidores da Secretaria de Planejamento do quadro do ex-território, que ficarão enquadrados nos cargos da carreira do planejamento e orçamento. Já os professores do ex-território serão enquadrados em um plano de carreira atual, pois eles têm um salário muito defasado. “Nós apresentamos essa emenda, para que eles pudessem, mediante a apresentação de seus diplomas, serem enquadrados na carreira atual, para ter uma diminuição dessa defasagem salarial”, detalhou a senadora.

Ela também afirmou que algumas emendas foram rejeitadas. Entre elas está a de prova testemunhal. “De 1988 pra cá, muitas pessoas alegam que perderam documentos comprobatórios. Um grupo de servidores nos procurou e pediu para nós apresentarmos essa emenda da prova testemunhal, que poderia ser feita por pessoa idônea e de fé pública, mas foi rejeitada”, lamentou.

Também foi rejeitada a emenda que garantia o enquadramento dos servidores do poder judiciário. “Fui procurada pelos servidores do poder judiciário que também prestaram serviço nesse período, que também queriam ter o direito de ser enquadrado. O nosso conceito de estado mostra que são os três entes federados que formam um estado, o Poder Executivo, o Legislativo e o Judiciário, mas também foi rejeitada essa emenda”, listou.

POSSÍVEIS MUDANÇAS – A senadora lembrou ainda que o relatório ainda não foi apresentado de forma oficial. Ressaltou também que o documento será discutido entre deputados e senadores, provavelmente em uma reunião da comissão na próxima semana.
“Ainda pode haver mudanças, sou membra titular dessa comissão e vou lutar para que minhas emendas rejeitadas sejam aprovadas. Além disso, a matéria ainda deve ser votada em duas sessões na Câmara e em mais duas no Senado. Podemos reverter algumas coisas ainda”, concluiu.