Política

Senador diz que interesses particulares impedem soluções viáveis ao Estado

Os maiores gargalos de Roraima são interligação ao SIN, a mosca da carambola, imigração e a regularização fundiária

Em entrevista ao Programa Agenda da Semana, na Rádio Folha AM 1020, domingo, dia 11, o senador Telmário Mota (PTB), afirmou que interesses particulares de alguns parlamentares têm impedido e travado o desenvolvimento de Roraima. 

Segundo ele, os maiores gargalos do estado são: a ligação ao Sistema Nacional Interligado (SIN) de energia, a mosca da carambola, a imigração e a regularização fundiária. Para ele, problemas fáceis de resolver, mas que para atender a interesses políticos estão travados junto ao Governo Federal.

Ele afirmou que todo esse engessamento é provocado pelo senador Romero Jucá (MDB), líder do governo no Senado. “Esse travamento ocorre porque ele é oposição ao atual governo do estado. Enquanto a atual governadora estiver no cargo, ele vai fazer tudo para que estas pautas não andem, para que ele apareça como o salvador da pátria”, disse.

O senador lembrou que há anos os roraimenses sofrem com as constantes quedas de energia provocadas pela instabilidade no fornecimento por parte da Venezuela, por meio do Linhão de Guri.

“Temos a solução que é a interligação ao SIN, porém a Fundação Nacional do Índio (Funai), não permite que isso aconteça, pois os postes para sustentar as linhas de transmissão passam por dentro de reservas indígenas”, explicou.

Outro aspecto que após sanado ajudaria a desenvolver a agricultura em Roraima, é a praga da mosca da carambola, que impede a exportação de frutas produzidas em Roraima. “Temos um grande potencial para exportação, mas isso não acontece devido à praga. O Estado tem o aparato para combater a doença, mas a mudança de status não é liberada. Assim como acontecia com a questão da febre aftosa”, disse.

A imigração desenfreada de venezuelanos é outro problema que preocupa a população. “Toda essa situação é administrada somente pelo Governo do Estado, que não tem recursos para prestar o serviço de forma adequada. O Governo Federal deveria liberar recursos para auxiliar, porém tem feito vista grossa”, afirmou o senador.

Por último, ressaltou que a regularização fundiária também impede o desenvolvimento do estado. “O Ministério da Defesa insiste em burocracia, para impedir que o Estado comece a titular suas terras. Com regularização fundiária acontecendo, o Estado se tornaria atrativo para novos investidores”, frisou.