Micro e pequenos empresários apresentam demandas ao governo

Demandas como segurança e fiscalização na barreira do Jundiá foram alguns dos pontos debatidos em encontro que ocorreu com representantes de entidades empresariais e a governadora Suely Campos (PP). A reunião, que contou com a presença do líder do governo, deputado Brito Bezerra (PP), ocorreu na manhã de ontem, 28, no gabinete da governadora, no Palácio Senador Hélio Campos.

A primeira demanda apresentada pelos empresários foi relacionada à fiscalização na barreira do Jundiá, em Rorainópolis. Eles relataram que enfrentam problemas na geração do recolhimento do imposto com débitos na divisa. Segundo eles, qualquer débito da empresa, por mais que seja um valor pequeno, impede a liberação da mercadoria.

“Temos casos que a carga ficou retida por cinco dias, devido a um débito de cinco reais. A mercadoria só é liberada pela Sefaz quando quitado tal débito”, exemplificou Félix Ferreira, presidente da Federação das Micro e Pequenas Empresas (Femicro), entidade que representa empresários de vários municípios de Roraima.

Para esse problema, Félix disse que a possível solução é estipular um teto de débito para liberar a carga e, automaticamente, a empresa ser notificada da existência de tal débito. “Muitas vezes o empresário desconhece a dívida e acaba sendo prejudicado pela burocracia”, disse.

Ao longo do encontro, o presidente da Femicro também solicitou ações que possam reduzir os crimes que são cometidos contra os comerciantes. Ele considera que os comércios são alvos fáceis e o dinheiro levado pelo assaltante também é do Estado. “Somos os responsáveis por 80% da arrecadação do Estado e quando é levado o dinheiro, temos que repor de qualquer forma, e os prejuízos só aumentam”, lamentou.

Félix pontuou que esses problemas, que considera simples, só poderão ser resolvidos com a parceria do Governo do Estado. “Além dos problemas, também apresentamos possíveis soluções”, concluiu.

O deputado Brito Bezerra destacou a importância da Femicro para Roraima, lembrando que atualmente são 21 mil empresas ativas na Junta Comercial e 98% delas são formadas por micro, médias e pequenas empresas e 13 mil são apenas Microempreendedor Individual (MEI).

“Como presidente da Comissão de Comércio e Indústria, na Assembleia Legislativa, já atendemos algumas demandas com a realização de audiência pública sobre segurança e outros pedidos feitos pela federação. Esse encontro é exatamente para que os empresários apresentem algumas dificuldades e encontrar soluções”, justificou Brito.

No final da reunião, a governadora Suely Campos adiantou que todos os pontos levantados pelo presidente da federação serão avaliados para encontrar uma forma que minimize os danos.