Social

Coluna Social 23 12 2017 5385

Com Nada * Que os jovens estão começando a ingerir bebidas alcoólicas cada vez mais cedo, é fato. E é nesse período de festas que se observa um grande aumento de jovens visivelmente embriagados nas baladas. Como eles conseguem bebidas pra ficar nesse estado é simples: os amigos, que já têm acima de 18 anos, compram para eles. Mas o pior mesmo, não é o fato dos menores beberem na rua e sim dirigirem sem habilitação. E se fazem isso, é porque os pais permitem. Simples assim! Com Tudo  * Após a ceia de Natal, quem quiser dar aquela esticadinha num ambiente confortável e super seleto, a pedida é o Natal na Naipe Music, na noite de 24 para 25, numa festa aconchegante e eclética. As atrações são: Banda Red Phone, de São Paulo, com o melhor do pop rock; DJ Toniolli comanda a pick-up do evento, que vai amanhecer o dia com o forró da banda Xote de Buteco. Os ingressos são limitadíssimos e os interessados podem ligar para: 98107-6065 / 98118-4117.

Leocádio Vasconcelos, na foto com sua esposa Rosicleide, recém-empossado como Patrão do CTG Nova Querência

Bar da Brahma* Outra festa de Natal que promete bombar na noite do dia 24 para 25 é a do Bar da Brahma, que estará aberto a partir das 23h. * As atrações serão a dupla nacional Rayane & Rafaela que dividirão o palco com Kiko Britez, o sertanejo Edílson Marques, além do DJ Toniolli.

Feriado * O jornal Folha de Boa Vista terá uma edição especial de Natal, que será veiculada neste domingo, 24. * Estaremos de volta na quarta-feira, 27, e sempre atualizados por meio do nosso plantão na FolhaWeb pelo www.folhabv.com.br.

 Filipe Amorim e sua Cecília, especial para a Coluna deste sábado

Natal*Depois do sucesso do Natal em Família, promovido pela Assembleia Legislativa nos municípios de Rorainópolis e Alto Alegre, neste domingo a população de Boa Vista terá uma noite inesquecível.* No campo do Rei do Pelé, a partir das 17h, a Assembleia realizará uma linda confraternização, que terá espetáculo teatral apresentado pelo Abrindo Caminhos, chegada do Papai Noel, ceia natalina, distribuição de brinquedos e extensa programação.

Sinos pelo Haiti*A querida Ana Lucíola Franco, de um coração grandioso e generoso, promoverá uma Ceia de Natal para os haitianos que adotaram Boa Vista para viver.*Será neste sábado, 23, a partir das 20h, na Champanharia das Meninas. Interessados em colaborar com doações, o ponto de entrega é na própria Champanharia, localizada na Rua Victor Hugo, 247, bairro Canarinho.

A maravilhosa Ana Lucíola Franco promove neste sábado o evento Sinos pelo Haiti

# Rápidas* Inaugurando idade nova neste sábado: Viru Oscar Friedrich, João Silva de Souza e Thiago Amarante. * Amanhã quem troca de data são Dr. Augusto Botelho, Alexandre Lima, Vera Lucia Bezerra e Dr. Nazareno Barreto. * Quem celebra aniversário no dia do Natal, é minha amiga-irmã Lena Fagundes, minha parceira Marleide Cavalcanti, a adjunta da Comunicação do Governo do Estado, Loide Gomes, e Alberto Santiago. * Na terça-feira, quem troca de data é Selma Carneiro (Papel Jornal), Raimundo Nonato Pereira, Paulo Rubens Mattos Luz e Natanael Alves do Nascimento.

PERFIL

Pablo Mattos: “A sociedade de Roraima tem um forte componente migratório, com cidadãos originários de várias partes dos países e estamos certos que a solidariedade irá prevalecer”.

Pablo Mattos é advogado, formado pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e mestre em Migrações e Relações Interculturais pela Universidade de Oldenburg – Alemanha. Possui experiência profissional em Uganda, Estados Unidos e Brasil. Ingressou no Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), conhecido como a Agência da ONU para Refugiados. Ele é o chefe do escritório do ACNUR em Boa Vista. A Agência da ONU para refugiados já ajudou milhões de pessoas que de repente se veem obrigados a fugirem de seus lares, devido a guerras ou perseguições; já recebeu dois prêmios Nobel da Paz por seu trabalho humanitário e é como a última esperança de um retorno a uma vida normal. Atualmente, conta com aproximadamente 9.300 pessoas em mais de 123 países, procurando ajudar cerca de 46 milhões de pessoas em necessidade de proteção. E uma dessas equipes que está em Boa Vista é chefiada por Pablo Mattos, nosso entrevistado de hoje. * Por que você decidiu entrar para o Alto Comissariado da ONU para Refugiados?A missão maior do ACNUR é salvar vidas, então é natural que pessoas que optem pelo trabalho com a Agência tenham sonhos e aspirações neste mesmo sentido. Particularmente, é muito gratificante contribuir para oferecer soluções de proteção para migrantes forçados, uma realidade que atualmente atinge mais de 65 milhões de pessoas em todo o mundo.

* Como se deu a instalação de um escritório do ACNUR em Boa Vista? Deu-se a partir da necessidade de o ACNUR estar próximo dos grandes fluxos fronteiriços para entender melhor a situação, identificar as necessidades de proteção e assistência, e atuar em coordenação com as autoridades locais para apoiar a resposta a esta situação. O escritório foi inaugurado em junho de 2017, em parceria com a UFRR, e desde então mantém uma equipe que atua em Boa Vista e Pacaraima. No início, dois funcionários já se estabeleceram na cidade e iniciaram uma série de atividades. Atualmente contamos com uma equipe de nove pessoas, todos dedicados ao apoio de emergência.

* Qual é a atual situação dos imigrantes e solicitantes de refúgio venezuelanos em Roraima, especialmente em Boa Vista e Pacaraima? As comunidades que têm recebido esse fluxo de venezuelanos têm enfrentado pressões adicionais, já que procuram estender serviços e assistências àqueles que chegam. Roraima tem a particularidade de ser tanto uma porta de entrada, quanto um destino para refugiados venezuelanos. Em termos de pessoas registradas, a Polícia Federal informa que são, aproximadamente, 22 mil venezuelanos solicitantes de refúgio, e cerca de três mil residentes temporários. Ainda que os números não sejam tão impactantes quando diluídos em um país da vastidão do Brasil, a concentração em Roraima impõe uma situação mais desafiadora para a região. É necessário um maior apoio em setores críticos, como saúde e educação, para garantir que as comunidades tenham a capacidade necessária para responder.

* Que ações o ACNUR pretende realizar – a curto, médio e longo prazo – para ajudar os imigrantes e solicitantes de refúgio?O ACNUR tem trabalhado em parceria com as autoridades federais, estaduais e municipais, sociedade civil e outras agências da ONU para atender tanto as necessidades dos cidadãos venezuelanos que chegam ao Brasil em busca de proteção, quanto às comunidades que os acolhem. No caso dos venezuelanos, em um primeiro momento, essas ações abrangem apoio à documentação, abrigamento, distribuição de itens de primeira necessidade. Temos trabalhado também junto ao Governo Federal para incentivar que essas pessoas tenham acesso ao mercado de trabalho, buscando dessa forma promover sua integração local.

* Quais são as principais barreiras que os venezuelanos encontram ao chegar ao Brasil pela fronteira com Roraima?Podemos afirmar que a principal barreira ao chegar a um novo país é o idioma. Entretanto, é importante ressaltar que as diferenças culturais podem tornar a adaptação e integração mais difíceis também.

* Sobre a questão da xenofobia?Apesar da acolhida da população, que tem se mostrado predominantemente positiva, muitas vezes a desinformação pode causar atitudes negativas de pessoas em relação aos solicitantes de refúgio. Entendemos também a preocupação da população em relação a essa situação. Por isso, a importância de manter a sociedade informada, explicando as razões pelas quais estas pessoas chegaram até Roraima e atuando para que ações para esta população também beneficiem as comunidades de acolhida. A sociedade de Roraima tem um forte componente migratório, com cidadãos originários de várias partes dos países e estamos certos que a solidariedade irá prevalecer. São muitos os exemplos de acolhida por parte da sociedade e da população em geral.

* A crise na Venezuela cada vez mais se agrava e consequentemente mais imigrantes virão, mas o Estado não tem estrutura para receber mais tanta gente. Em sua opinião, qual seria a solução para essa questão?Entendemos uma forma eficiente de solucionar essa questão é trabalhar em estratégias de integração que permitam e incentivem o deslocamento voluntário dessas pessoas para outros Estados brasileiros. O governo brasileiro tem desenhado estratégias eficazes nesse sentido.

* O ACNUR realiza trabalhos em parcerias, como é o caso da CONECTAS, ONG de Direitos Humanos. Como outras Entidades e voluntários poderiam ajudar?O ACNUR é uma agência humanitária financiada pela contribuição voluntária não apenas de governos, mas também da sociedade civil, empresas e fundações. Assim, as doações de pessoas e empresas são cada vez mais importantes para financiar os programas de proteção e assistência aos refugiados. Todos podem ajudar refugiados e solicitantes de refúgio a terem uma vida digna e segura. Basta acessar doar.acnur.org para fazer uma doação.

* Que mensagem o chefe do escritório do ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, deixa para a população?Entendo que é muito importante ressaltar e, sobretudo, valorizar a forma positiva como os venezuelanos têm sido recebidos e acolhidos pelos brasileiros. Além disso, vale lembrar que esse fluxo certamente trará muitas oportunidades devido à diversidade associada aos inúmeros conhecimentos que trazem com eles. Pessoas refugiadas são fortes e resilientes. Com sua força de trabalho, seu aporte cultural e capacidade criativa podem oferecer importantes contribuições para o desenvolvimento do país.