Há quem diga que os números contam tudo, mas no caso de Vitória Freitas, eles são apenas a consequência. Aos 24 anos, a natural de Cruzeiro do Sul (AC) acumula marcas que fariam veteranos invejarem. São mais de 130 milhões de streams em áudio e vídeo e uma legião de mais de 1,2 milhão de seguidores apenas no Instagram.
Contudo, por trás do fenômeno do forró e piseiro que viralizou com “Não Foi Pela Hilux”, existe uma jovem de alma simples.
Em passagem por Roraima para shows, Vitória conversou sobre sua trajetória, revelando que a menina que começou a arranhar o violão aos 14 anos, hoje carrega uma missão maior que o sucesso comercial.
A carreira profissional, iniciada oficialmente em 2019 com um vídeo no YouTube sofreu um hiato forçado pela pandemia, mas explodiu em 2022 quando a artista foi descoberta pela Luan Promoções. Foi um período de ascensão, gravando com ícones como Márcia Fellipe e emplacando sucessos como “Deixa eu Te Amar”.
Agora, Vitória vive um momento de “start”, um recomeço estratégico. Em entrevista, ela revelou estar em uma nova gestão de carreira com o sócio Dário.
“Estamos juntando tudo que foi construído com o que queremos fazer agora. Paramos os shows para cuidar primeiro da parte artística, processo por processo“, explica a cantora.
O objetivo é preparar o terreno para um 2026 de muito trabalho e lançamentos autorais.
Fora dos holofotes e longe dos milhões de views nas redes, ela expressa quem é. “Sou uma pessoa que, para ficar feliz, gosto de coisas tranquilas. Ver as estrelas, tocar violão sozinha, estar com meus cavalos”, confessa. Essa simplicidade é o alicerce de sua conexão com o público.
“Eu não gosto nem de usar a palavra ‘fã’, trato meus seguidores como amigos“, diz ela, que se assume uma “fofoqueira” no bom sentido, adorando interagir e saber da vida de quem a acompanha nas redes sociais para compor suas músicas.
O show da vida e volta às raízes
Entre os palcos do Brasil, um momento específico guarda o coração da artista, o retorno a Cruzeiro do Sul, sua cidade de origem. Segundo ela, até sua banda sentiu a diferença na apresentação e se emocionou junto.
“Foi o show que mais me marcou. Vi pessoas que me viram crescer na frente do palco, me olhando com orgulho. Meus pais, que nunca tinham assistido a um show meu pessoalmente pela distância, estavam lá”, relembra.
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Mais que uma canção
Para o público, a mensagem de Vitória é de empoderamento.
“Quero ser mais que uma canção. Quero inspirar outras meninas a irem atrás de seus sonhos, seja para ser cantora, dançarina ou médica. Por ser mulher, vejo os desafios que a gente tem“, afirma Vitória.
Com o EP “Forró, Piseiro e Vaquejada” consolidado e o futuro sendo desenhado com cuidado artesanal, Vitória Freitas prova que saiu do Acre para conquistar o Brasil, mas o Acre nunca saiu dela.
Para os novos amigos de Roraima, o recado é que a casa está aberta, o direct está disponível e a música está apenas começando.
